A Câmara de Vereadores de Joinville volta às atividades parlamentares na próxima segunda-feira (2). Entre os temas que serão tratados neste ano, os vereadores destacaram a Lei de Ordenamento Territorial (LOT), considerado um dos mais importantes para este ano. A minuta desse projeto, responsabilidade da Prefeitura, está em discussão e não chegou à Câmara ainda.

Lei de Ordenamento Territorial (LOT)

Segundo o vereador Dorval Pretti (PPS), a LOT deve ser bastante discutida, porque “vem ordenar e direcionar Joinville para os próximos anos”. O vereador Odir Nunes (SD) também destacou ordenamento territorial como um dos grandes temas do ano. “Nós esperamos que ela venha logo do Conselho da Cidade para que a Câmara possa fazer uma análise e discussão profunda com a sociedade. Assim a cidade vai poder crescer de forma harmônica”. O vereador entende que compete aos vereadores a discussão da lei: “Nós não vamos aprová-la do jeito que vier do Conselho sem uma avaliação e discussão ampla”, disse.

Jaime Evaristo (PSC) também se prepara para a discussão do projeto de lei. “Pretendo investir um tempo estudando suas propostas e fazendo as devidas sugestões, sempre com o intuito de contribuir com o crescimento da cidade, sem deixar de lado a opinião do cidadão joinvilense”, afirmou.

Fábio Dalonso (PSDB) afirma que, pela importância de tratar do futuro da cidade, o projeto vai demandar bastante trabalho dos parlamentares. Para o vereador Cláudio Aragão (PMDB), a cidade está esperando a aprovação dessa Lei. “A LOT vai trazer o adensamento da cidade, ou seja, vai torná-la mais vertical, e vai permitir que ela se desenvolva. É isso que o cidadão de Joinville quer e precisa”, disse.

Para James Schroeder (PDT), o projeto pode determinar mudanças no valor de imóveis e no potencial construtivo das regiões da cidade. “Onde hoje há uma área residencial poderá haver a permissão para a construção de prédios, comércios e, eventualmente, indústrias”, observa o parlamentar, para quem o projeto deve ser amplamente discutido com a população.

Sidney Sabel (PP) entende que o projeto da LOT deve ser discutido de modo a garantir a preservação dos mananciais de água de Joinville, a maioria localizada na região rural do município e em áreas como o distrito de Pirabeiraba.

Para o vereador Manoel Bento (PT), a lei “vai trazer um crescimento social e econômico mais justo para Joinville”.

Meio Ambiente

Meio ambiente, sustentabilidade e água serão temas presentes nos projetos do vereador Fábio Dalonso. “Se ligar televisão ou rádio, o assunto do momento é escassez de água e também sustentabilidade. E Joinville apesar de ser privilegiada nessa questão, este é um assunto que não pode haver descuido para não termos problemas no futuro”.

Da mesma forma, Odir Nunes lembrou que os vereadores devem fazer uma discussão ampla sobre o abastecimento da cidade. “Os mananciais nascem e morrem no nosso município. Isso é um tema preocupante”, afirmou. “Há a necessidade de uma barragem de acumulação na cidade para que Joinville não passe por uma crise hídrica como está acontecendo em outras regiões”.

Lioilson Corrêa (PT) destacou a necessidade de cobrar que a Companhia Águas de Joinville amplie investimentos para que as áreas mais altas da cidade não sofram com a falta de água.

Transporte e mobilidade

O vereador Adilson Mariano (PT) entende que o transporte deve ser priorizado. Para ele, é necessário “garantir um livre acesso, para que as pessoas possam chegar aos outros serviços públicos”. Mariano diz que a precarização do transporte público leva a dificuldades nos serviços de outras áreas, como a saúde, à medida que um número maior de carros e de motos representa um trânsito mais intenso e uma maior possibilidade de acidentes que acarretariam filas maiores nos hospitais.

Roberto Bisoni (PSDB) defende para a segurança de motociclistas a criação de um corredor de motos em vias de mão única.

Mulheres

A vereadora Pastora Léia (PSD) defende que, para 2015, o governo possa implantar uma instância específica de política para as mulheres, a exemplo da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres que existe no governo federal desde 2013. A “coordenadoria da mulher”, como ela propõe, teria que ser criada por um projeto do Poder Executivo.

Pavimentação

Para Lioilson Corrêa, é necessário ser insistente e cobrar que a Prefeitura tenha um projeto definido de pavimentação, já que este ainda é um problema que afeta muitas ruas. Essa também é a opinião do vereador Manoel Bento.

O vereador Levi Rioschi (PPS) disse que essa é uma das preocupações. “O governo municipal prometeu 300 quilômetros de asfalto e não cumpriu”. Ele diz que é preciso colocar em pauta a pavimentação comunitária. “A Prefeitura prometeu colocar em pratica, mas não aconteceu”.

Educação

Levi Rioschi também destacou a educação como um dos assuntos prioritários. “O número de vagas nos Centros de Educação Infantil ainda é insuficiente”, afirmou.

O tema também é prioridade para o vereador Maycon Cesar (PPS). “A educação é que dará uma base para que a violência diminua, assim como a cultura também dará sua contribuição e assim é o raciocino que sigo”, disse.

Com informações de Jeferson Luis dos Santos, Marina Bosio e Sidney Azevedo
Foto: Arquivo CVJ/Sabrina Seibel

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