Com mais público do que o habitual – a maioria apoiadores e assessores de candidatos e vereadores, a sessão ordinária desta segunda-feira (3), a primeira depois das eleições, recebeu parte dos vereadores eleitos ontem. A sessão foi suspensa para uma foto conjunta de vereadores da atual e da próxima legislatura, a 18ª. A foto não fazia parte do protocolo nem estava prevista no diário da sessão. Na tribuna, no horário destinado aos partidos, vereadores reeleitos e não-reeleitos usaram a maior parte da sessão para agradecimentos, elogios e explicações.

Primeiro a falar, Adilson Mariano (PSOL), não-reeleito ontem, agradeceu os mais de 5 mil votos em seu grupo, a esquerda marxista, que não terá representantes na Câmara nos próximos quatro anos.

“Vamos continuar do outro lado: nas ruas, nos portões das escolas e nas fábricas”, disse Mariano, prometendo se empenhar pelos direitos dos trabalhadores.

O vereador Levi Rioschi (PPS) agradeceu os 1.705 votos e disse que, mesmo não eleito, continuará “lutando pelo povo”.  Ele disse estar “feliz” por não ter sido vítima da violência contra candidatos, observada em algumas regiões do País.

Reeleito para o 8º mandato, Odir Nunes (PSDB) agradeceu, fez elogios aos colegas, e disse que vai “continuar lutando com a mesma força, mesma garra, defendendo os interesses dos menos favorecidos”.

Também reeleito, Cláudio Aragão (PMDB), além de agradecer, se defendeu de acusações feitas contra ele durante a campanha, publicadas em panfletos anônimos. “Estou atrás (do autor dos panfletos)”, avisou Aragão.

Líder do prefeito na Câmara, o vereador, que vai para o 2º mandato, também defendeu Udo Döhler de acusações, sem especificar quais eram.

Após sete mandatos, Roberto Bisoni (PR), que se despede da Câmara em 31 de dezembro, último dia da atual legislatura, disse sair “feliz”.

“A minha parte eu fiz”, disse Bisoni. Ele falou da atuação a favor dos bairros Boa Vista, Iririú e Comasa e pediu aos novos vereadores que sejam pontuais nas sessões e reuniões. O parlamentar é frequentemente o primeiro a chegar ao plenário nas sessões ordinárias, às 17h.

Também do PR, Maurício Peixer, reeleito, fez agradecimentos e ofereceu apoio a Aragão, diante das acusações anônimas contra ele. O vereador disse ter sofrido “perseguição nas mídias sociais”.

Único vereador a permanecer no PT na Câmara, depois da saída dos outros dois eleitos em 2012, Manoel Bento disse que vai continuar defendendo a comunidade e a cidade.

O parlamentar ressaltou o trabalho de “um ano e meio” no projeto da Lei de Ordenamento Territorial (LOT), ainda em tramitação. Sobre as críticas à frente da Comissão de Urbanismo, Bento disse que, apesar de “respeitar as divergências”, foi “eleito para tomar decisões”. “Não é pra rico, nem pra pobre, é para todas as pessoas”, disse o petista sobre a LOT.

O PT não terá representantes na Câmara nos próximos quatro anos.

Comemorando mais um mandato pelo PDT, James Schroeder falou em defender um “equilíbrio entre os mais ricos e os mais pobres da cidade”.

A vereadora Pastora Leia, que tentou reeleição pelo PSD – partido que, segundo ela, não atingiu número mínimo de votos – agradeceu a apoiadores e enfatizou o baixo investimento em suas campanhas. “Não gastei nenhum absurdo em nenhuma campanha”.

Servidor aposentado da Câmara, Dorval Pretti (PCdoB) disse ter chegado à CVJ em 1979. O vereador, que também deixa a Casa em 31 de dezembro, agradeceu o apoio e fez elogios aos colegas vereadores. 

Texto: Jornalismo CVJ, por Carlos Henrique Braga / Foto: Sabrina Seibel

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