Nesta terça-feira (4), a secretária municipal de Saúde, Francieli Schultz, e o gerente de Saúde de Santa Catarina na região de Joinville, Henrique Deckman, estiveram na Comissão de Saúde para esclarecer a suposta falta de medicamentos e materiais hospitalares na rede pública de saúde em Joinville.

O gerente regional de Saúde explicou como funcionam os repasses estaduais e federais para a compra de medicamentos. “É colocado um grande peso para os estados e municípios para fornecer os medicamentos”, afirmou. Segundo ele, existem quatro tipos de medicamentos distribuídos pelo SUS, que são a farmácia básica; os medicamentos estratégicos, que visam combater doenças com perfil endêmico e impacto socioeconômico importante cujo controle e tratamento tenham protocolos e normas estabelecidas; os componentes especializados, que em Joinville são distribuídos na Farmácia-escola; e a farmácia de medicamentos judiciais.

A secretária municipal de Saúde afirmou que a crise do sistema público de saúde abala o SUS em todas cidades, mas em Joinville não tem uma situação tão ruim. “Joinville ainda mantem qualidade de atendimento acima da média”, disse. Ela afirmou que a situação dos medicamentos repassados pelo estado está se regularizando. Ainda de acordo com a secretária, dos 230 itens fornecidos pelo município, hoje apenas nove estão em falta na central de medicamentos. “Às vezes falta um ou outro a mais na UBS, mas é porque são medicamentos de alto giro que podem não ser entregues a tempo na UBS”, afirmou. Ela explicou ainda que a Secretaria de Saúde adota uma política para prevenir falta de medicamentos. “Fazemos a compra compartilhada do consórcio Cis/amunesc, mas sempre temos como retaguarda uma licitação realizada pela Secretaria Municipal de Saúde”, disse. Ela afirmou ainda que muitas vezes os remédios ficam em falta por atrasos de entrega. “Não é por falta de organização da secretaria, temos muito problemas com fornecedores”.

Após a explanação do gerente Regional de Saúde e da secretária Municipal de Saúde, o presidente da Comissão, Maurício Peixer (PR), sugeriu que sejam feitas visitas surpresa às unidades básicas de saúde para avaliar a situação da entrega de medicamentos.

Texto: Jornalismo CVJ, por Marina Bosio / Foto: Sabrina Seibel

Deixe um comentário