Os vereadores da Comissão de Urbanismo reservaram a reunião ordinária desta terça-feira para a mobilidade com bicicleta. Eles receberam parte da diretoria do Movimento Pedala Joinville (MPJ), que veio reforçar os 10 pontos listados na carta-compromisso apresentada em 2016 para ampliar o uso da bicicleta como meio de transporte na cidade.

Roberto Andrich, presidente movimento, diz que o objetivo do grupo é dar a visão do ciclista para o Poder Público e deixar a cidade com um trânsito cada vez melhor. “No fundo, no fundo, o que queremos é Joinville verdadeiramente como a cidade das bicicletas”, declarou Andrich.

Em março de 2016, o prefeito Udo Döhler (PMDB) assinou o decreto municipal que instituiu o Plano Diretor de Transportes Ativos (PDTA), parte integrante do Plano de Mobilidade Urbana (PlanMOB), assinado um ano antes, em 2015. O PDTA propõe que o Poder Público joinvilense crie 730 km de ciclovias e ciclofaixas até o primeiro trimestre de 2025.

Segundo Andrich, em 2008 havia 80 km. Neste ano, alcançou-se a marca de 150 km. A estimativa do MPJ, a perpetuar-se o ritmo atual, é que os 730 km sejam concluídos apenas no ano de 2105. “É preciso um cronograma de implantação das rotas. O ritmo está lento. Hoje são apenas 8% da malha viária com ciclovias e ciclofaixas”, adverte o ativista.

Por conta disso, os líderes do MPJ voltaram a abordar os 10 pontos da Carta-compromisso Pela Mobilidade com Bicicleta, apresentada ao prefeito e aos vereadores em 2016. O documento é um projeto da União de Ciclistas do Brasil, encabeçado em cada estado e cidade pelos seus movimentos regionais e locais, respectivamente.

Confira as 10 premissas propostas pelos ciclistas

1. Manutenção sistêmica da sinalização das ciclovias e ciclofaixas.

2. Garantir o uso de recursos advindo de multas em campanhas de educação no trânsito e uso seguro da bicicleta.

3. Não reduzir trechos de ciclovias e ciclofaixas já existentes em detrimento dos carros; a continuidade do uso seguro da bicicleta deve sempre ser priorizada.

4. Implantar semáforos para bicicletas.

5. Interligar progressivamente as ciclovias e ciclofaixas.

6. Implantar bicicletários públicos.

7. Atualizar diagnóstico de índice cicloviário para aferir as características de uso dos trajetos implementados.

8. Garantir que todas as ciclorrotas, ciclofaixas e ciclovias possuam índices satisfatórios de uso conforme estabelecido no PDTA.

9. Efetuar e fomentar investimentos para criação e manutenção de roteiros de cicloturismo.

10. Aumentar o efetivo de agentes de trânsito.

Texto: Jornalismo CVJ. Foto: Nilson Bastian

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