Nesta quarta-feira (6), a Comissão de Educação teve a presença, de maneira virtual, das secretarias de Educação do município e do estado e de entidade que representa o ensino particular em Santa Catarina. Os vereadores da Comissão queriam saber como está a educação em Joinville durante a pandemia.

A Secretaria de Educação de Joinville informou que em 19 de março houve a interrupção das aulas com a antecipação do recesso escolar, e com o retorno das atividades escolares, de forma não presencial, em 3 de abril, as atividades começaram a ser disponibilizadas de forma digital e também pela rádio Joinville Cultural aos alunos semana após semana. A representante da Secretaria de Educação afirmou que, como muitos alunos não têm acesso à internet, as atividades também estão disponíveis de forma impressa nas escolas.

Ela informou ainda que as escolas têm atendimento em forma de plantão. De acordo com a Secretaria de Educação do município, os professores foram capacitados para trabalhar com a tecnologia de forma a conduzir o material de forma apropriada. A Secretaria de Educação afirmou que o papel do professor é fundamental e que ele pode, de acordo com o ritmo de cada turma, pausar ou avançar os conteúdos do currículo. A Secretaria avalia que é provável que alguns conteúdos terão que ser revisados após a normalização das atividades escolares de forma presencial.

A gerente regional de Educação de Santa Catarina em Joinville, Dalva Aparecida Moser, afirmou que a Secretaria de Educação de Santa Catarina tem consciência de que nada substitui a aula presencial, com o professor em sala de aula. “Estamos trabalhando o plano pedagógico na medida do possível, mas sabemos que depois que tudo se normalizar alguns conteúdos terão que ser recuperados”. Ela disse ainda que, como no município, os professores do estado tiveram capacitação sobre como passar os conteúdos para os alunos via plataformas digitais.

Segundo a gerente regional, a Secretaria de Educação estima que 25% dos alunos não têm acesso à internet em casa, e por isso todo o material está sendo disponibilizado de maneira impressa para as famílias desses alunos buscarem nas escolas semanalmente.

O presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Estado de Santa Catarina (Sinep), Marcelo Batista de Sousa, afirmou que as escolas particulares estão enfrentando grandes dificuldades financeiras devido à pandemia. Segundo ele, no ensino infantil é muito fácil o cancelamento do contrato e no ensino superior muitos alunos estão trancando as suas matrículas. “A inadimplência está aumentando devido à instabilidade financeira das famílias, mas as escolas estão dispostas a facilitar as condições e negociar”, garantiu.

Sobre a questão pedagógica em si, o representante das escolas particulares afirmou que todas as escolas já tinham algum nível de atividades domiciliares assistidas, e portanto, apesar de terem sido pegas de surpresa, as escolas de modo geral estão conseguindo se adaptar. “Os pais estão exigindo a continuidade da qualidade de ensino, e, portanto, as escolas tem que manter a qualidade mesmo à distância, se não podem perder alunos acabam perdendo ainda mais economicamente”, afirmou.

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