A Empreiteira Motta Jr, ganhou a licitação no valor de R$ 43 milhões, bem abaixo do orçado, que era de R$ 60 milhões para a execução da obra. O vereador Diego Machado (PSDB), questionou a empresa sobre o motivo que levou a empreiteira a oferecer um valor de quase R$ 20 milhões menor que o orçamento. O sócio proprietário, Márcio Luiz Martins Jr. diz, que devido à experiência da empresa, o preço foi adequado ao projeto que tinha na licitação. “O preço oferecido pela empresa é totalmente compatível com o mercado”.

As obras de macrodrenagem do rio Mathias começaram sem os projetos de realocação de interferências, pois, não estavam previstos no projeto executivo, concluído e entregue à Prefeitura pela empresa Paralela. No decorrer das obras foram constatados os problemas e a prefeitura começou as tratativas com as Águas de Joinville para elaboração dos projetos de realocação de interferências.

Fatores que impactaram no andamento da obra, conforme apresentação Empreiteira Motta Jr.

  • Inexistência das interferências no projeto executivo;
  • Em setembro de 2014 foi registrada em atas que as frentes de serviços seriam paralisadas para aguardar as alterações no projeto executivo prevendo as interferências de água e esgoto;
  • Em novembro de 2014, a Seinfra, através do secretário Romualdo França, solicitou a suspensão da obra por 120 dias, a partir do dia 21 de novembro, por falta do projeto executivo de interferências;
  • Abril de 2015 novo memorando informa que a suspensão por 120 dias não foi o suficiente, sendo necessário um prazo superior;
  • Abril de 2017 – Conforme documentos apresentados, o município ainda não havia solucionado o problema com as interferências;
  • Março de 2020 – Ofício emitido pela CAJ, informa que os serviços de realocação de água e esgoto foram concluídos e as datas em que as frentes de obra poderiam ser liberadas;
  • A Companhia Águas de Joinville gastou quase R$ 10 milhões para serviços de realocação das interferências de água e esgoto. E outros contratos para elaboração os projetos executivos das interferências;
  • Erros na planilha de preços elaborada pela empresa Paralela.

Falhas no projeto

Numa reunião no mês de agosto de 2014, a empresa Paralela Engenharia se comprometeu em resolver erros de projeto, porém, não cumpriu. Para comprovar esta fala, sócio proprietário da Empreiteira Motta Jr trouxe documentos e a ata da reunião do dia 14 de setembro de 2014.

Já em 2016 a Companhia Águas de Joinville solicitou um processo administrativo contra a Paralela Engenharia que se negava a corrigir os problemas no projeto. Dois anos após, agosto de 2017, a Azimute Engenharia questiona a Paralela sobre 66 pontos do projeto onde o detalhamento é indispensável para a execução da obra. Após, mais de cinco anos de questionamentos e processos administrativos, a empresa Paralella ainda não havia resolvido os problemas do projeto, o que ocasionou na paralisação da obra.

A empreiteira Motta Jr diz que não teve prejuízos dos serviços que foram executados e é possível concluir a obra, se o projeto for totalmente corrigido, com os mesmos valores, após sete anos. Porém, é necessário um plano de operação para a obra funcionar.

Participaram da oitiva: os sócios proprietário da Empreiteira Motta Jr, Márcio Luiz Martins e Márcio Luiz Martins Jr, e os engenheiros Alexandre Oligini da Rocha, Brian Brümmer e Antonio Adevaldo Daniel.

Próxima reunião

Na quarta-feira (31), às 9 horas, serão ouvidos o ex-secretário de Administração e Planejamento (SAP), Miguel Ângelo Bertolini e a diretora-executiva da SAP na gestão passada, Daniela Civinski Nobre.

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