Na noite de quarta-feira (16), a Câmara de Vereadores realizou uma sessão especial para homenagear a Pastoral do Surdo da Diocese de Joinville, o empresário e ex-senador José Henrique de Carneiro Loyola e a cantora Ana Paula da Silva.

Um dos homenageados foi o empresário e ex-senador da República, José Henrique Carneiro de Loyola, que completou 90 anos em 2022. Loyola controla grandes empresas como a Cia Fabril Lepper, de Joinville, e a Fiação São Bento. Foi presidente da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) e do Corpo de Bombeiros Voluntários. Ainda na ACIJ, criou a Fundação Empreender, focada em desenvolver o empreendedorismo através das associações empresariais.

O vereador Henrique Deckmann (MDB) se emocionou ao contar a história do senador. “Como homenagear José Henrique Loyola?”, indagou. “A história não é só dele, é da esposa Helga Loyola, é a história de 66 anos de matrimônio, é a história das filhas, Marina Regina e Gabriela Loyola, dos netos, dos bisnetos”. De acordo com Deckmann, o senador conseguiu fazer a diferença quando tudo estava “quebrado” na cidade.

A cantora e compositora joinvilense Ana Paula da Silva também foi homenageada. Com seis álbuns lançados, um songbook e o primeiro DVD Canto da Cigarra, Ana completou 15 anos de carreira no ano passado. Ela acumula prêmios como a Caixa Cultural, Prêmio Pixinguinha, e o Prêmio Destaque do Ano como a artista catarinense com mais shows fora do Brasil em 2013. Ana Paula é diretora musical de diversos trabalhos autorais, facilitadora da Oficina da Alma na Voz e Mãos no Tambor, e mestra em Processos Criativos com foco na música pela UDESC.

Ana Lucia Martins (PT), amiga de Ana Paula, comentou que desde cedo a artista acolheu a missão da música, nas rodas de conversa, nas festas, nos ensinamentos de samba com o pai. “Joinville deve reconhecer a história da Ana”, comentou. “Ela leva o nome da cidade para todo nosso estado, para todo o país e para fora também.” A vereadora reforçou que é preciso ter coragem para viver da arte no estado, e que Ana é o exemplo de uma mulher que dedicou a vida para essa causa.

Ana Paula se definiu como operária da arte, e dedicou a homenagem aos familiares, aos povos originários da nossa região, aos parceiros musicais, ao público da cidade e a todos que atuam artisticamente em Joinville e fora dela.

“Sou Ana Paula da Silva, mulher, artista, mãe. Não sou diva, nunca fui e não serei. Não gosto de rótulos. Sou inquieta com as minhas imperfeições e com as do mundo. Sou filha dos meus pequenos sonhos e de ancestrais indígenas, africanos e europeus, raízes musicais da nossa terra. Envergo, mas não arrebento, meu rebento, porém, me guia. Meu canto me move, e ele é a minha própria asa”, declarou a artista.

A pastoral, que completou 15 anos em maio deste ano, iniciou as atividades em 2007, na paróquia São Sebastião, no bairro Iririú. A organização surgiu para incluir o surdo na igreja Católica. Além disso, desde 2013 a Escola Diocesana de Libras, parte da pastoral, é responsável por formar intérpretes de libras para a igreja e para a comunidade em geral. A pastoral está presente em São Bento, Jaraguá, São Francisco e Joinville, somando 12 paróquias ao todo.

O presidente da câmara Maurício Peixer (PL) parabenizou o trabalho da pastoral pela inclusão. “A gente sabe da deficiência na política, que não dá a condição para essas pessoas terem acesso aos aparelhos”, comentou. “Por isso essas homenagens são muito especiais, é a cidade de Joinville reconhecendo esse papel importante.”