A gerente de regulação da Secretaria de Saúde de Joinville, Evelin Wossgrau, apresentou aos vereadores da Comissão de Saúde nesta segunda-feira (7) um panorama geral de processos, melhorias e necessidades na área de regulação ambulatorial. O setor faz parte da diretoria de políticas de saúde e é responsável, principalmente, por regular e monitorar o acesso do paciente aos serviços assistenciais do SUS.

Esse setor também faz a gestão das filas de especialidades, que hoje acumulam cerca de 201 mil procedimentos em espera, quase 33% da população joinvilense. Em usuários únicos, são 119 mil. Uma pessoa pode ser paciente em mais de uma fila.

Uma das melhorias apontadas pela servidora é o procedimento ofertado por meio de modalidade randômica, na qual o paciente já sai com agendamento direto do consultório sem pegar uma nova fila, seja para um retorno ou para consultar o médico especialista.

Essa modalidade é solicitada de acordo com a análise do médico e conta com procedimentos de ultrassonografia, radiografia, fisioterapia, ressonância e áudio ressonância, endoscopia, dermatologia, entre outros, com uma média de 41.353 procedimentos por mês.

Ao ser questionada pelo vereador Brandel Junior (Podemos), sobre as dificuldades de aplicar essa modalidade em todo o sistema de saúde, Evelyn pontuou que se trata de uma oferta limitada. “O ideal seria ter todos os exames de diagnóstico básico e de atenção primária na modalidade randômica, isso ajuda lá na frente, no atendimento especializado”, comentou.

De acordo com a gerente, a regulação vem construindo os protocolos de acesso e editais para contemplar esses exames. “Precisamos de critérios de solicitação claros, mapear o cenário de saúde e doenças da cidade, para não ter um alto gasto e pouco resultado”, explicou. “Tem de ser assertivo e ter mais oferta que demanda, para que as filas não travem e sempre tenha um médico disponível.”

Processos em andamento

Entre os processos em andamento na regulação ambulatorial, estão a melhoria nos critérios de priorização dos pacientes, a revisão das filas, contemplando a modalidade randômica, e a aplicação do WhatsApp como forma de comunicação entre serviço e paciente.

A secretaria também está ampliando as ofertas para contemplar toda a demanda, por meio de editais e processos de licitação. Além disso, a teleconsultoria e a telerregulação estão sendo trabalhadas para melhorar a instrução dos profissionais de saúde e impulsionar o processo de regulação entre as unidades.

De acordo com Brandel Junior, Joinville precisa de mais força na atenção primária. “Precisamos urgentemente de um concurso público”, pontuou. “Melhorando lá, conseguimos ajudar o pessoal da regulação e melhorar a saúde num geral”, advertiu.