Você colocaria em um outdoor no seu bairro ou espalhado pela cidade o seu endereço? Se a resposta for não, qual é a explicação para colocar esses dados na internet? Esse é apenas um dos alertas do psicólogo e especialista em segurança na internet Rodrigo Nejm, que palestrou hoje na Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ).

A Oficina Sobre o Uso Seguro da Internet foi realizada pelo Centro Operacional de Apoio a Infância e Juventude do Ministério Público de Santa Catarina, Assembléia Legislativa e ONG Safernet. No Brasil são 16 milhões de crianças com acesso a internet, se ficarem expostas na rede sem o acompanhamento dos pais elas estão vulneráveis e podem ser vitimas fáceis de pedofilia. Para evitar esse tipo de crime o psicólogo afirma que o problema não é a internet, mas sim como ela é usada. “Você não explica para o seu filho desde pequeno como andar na rua, a respeitar o sinal, a atravessar na faixa? Então, na internet é a mesma coisa, o pai tem que acompanhar e orientar o filho desde o primeiro clic”, avalia o psicólogo. Para o promotor da Infância e Juventude Sérgio Ricardo Joesting, o evento serviu para dar publicidade a alertar pais e professores para denunciarem esse tipo de crime. “Nesse seminário fui procurado por um pai que me entregou algumas provas de assédio pela internet, além disso, o delegado regional apura mais um caso onde há indício de pedofilia na região”, explica o promotor. Além da pedofilia, o psicólogo ainda alerta para casos de racismo e homofobia na rede. “As pessoas precisam saber que a internet e as mídias sociais não são uma terra sei lei, como muitos pensam. Ao usar essas ferramentas as pessoas devem ser ainda mais cuidadosas nos seus comentários”, finaliza o psicólogo. Para denunciar homofobia, racismo, pedofilia entre outros crimes cibernéticos acesse: www.denunciar.org.br. Mais dicas como proteger seu filho dos crimes na internet acesse: www.wcf.org.br

Fotos: Nilson Bastian