Três alternativas para tentar uma solução para a crise financeira que atravessa a Associação dos Deficientes de Joinville (Adej) foram sugeridas durante a reunião da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Joinville, na tarde de hoje: a primeira é a realização de uma reunião, ainda esta semana, com representantes da prefeitura, Adej, legislativo e Comissão de Saúde; a segunda sugere a representação no Ministério Público, que determine ao Poder Público a encampar o serviço de reabilitação em saúde no município; a última é uma moção do legislativo para que a prefeitura assuma de alguma forma o serviço de reabilitação em saúde no município.

A preocupação do presidente da comissão, vereador Adilson Mariano, do secretário Roberto Bisoni e da vereadora Tânia Eberhardt era de que a reunião terminasse sem uma proposta concreta para o problema. Neste sentido eles pressionaram os representantes das entidades da prefeitura por um prazo e as formas de concluir uma alternativa. De acordo com o presidente da Adej, Carlos Eduardo Faria, desde setembro do ano passado, a entidade já acumula um déficit financeiro de R$ 60 mil. As despesas da associação somam R$ 23 mil por mês. Hoje as fontes de recursos da entidade são oriundas do estacionamento da sede da prefeitura, da Arena Joinville (de onde sai um percentual para a Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville – Felej) e doações que somam R$ 10 mil/mês.

A Adej presta atendimento de reabilitação, inclusão social, além de acompanhamento psicológico, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Fisioterapia e aulas de alfabetização, teatro e tem cadastrados 2 mil deficientes físicos. A saída, no entendimento de Faria, é a exploração dos estacionamentos da Expoville e do Centreventos Cau Hansen, onde no período de três meses a Adej conseguiria recursos para saldar o déficit da entidade. O presidente da Fundação Cultural, Silvestre Ferreira confirmou que o estacionamento do Centreventos será destinado aos deficientes, “tão logo consigamos acertar a parte legal para firmarmos um convênio, inclusive, nem que seja por período temporário”, sugeriu. Para Adilson Mariano, a Adej está realizando um trabalho que o governo não tem competência para fazer, “então ele que assuma a responsabilidade e encampe o serviço”.{jcomments on}