As Comissões de Saúde e de Educação da Câmara de Vereadores de Joinville se reuniram na tarde de ontem com representantes de estabelecimentos de saúde pública (Estado e município) e alunos da Escola Técnica Advance para esclarecer a denúncia de cobrança, considerada por eles como “abusivas” para realizar o estágio supervisionado. A escola não compareceu a audiência e emitiu sua versão através de ofício.

De acordo com o aluno Tarcísio Tomazoni Júnior, os alunos das turmas 341, 342 e 343 foram surpreendidos pelo aviso da escola que a taxa para o estágio seria de R$ 720. “Questionamos porque a última turma que fez o estágio pagou R$ 125. Para agravar ainda o mais o quadro a escola se recusa a receber os alunos e orienta que não irá adiantar qualquer outro recurso a não ser pagar”, reclama Júnior. Os vereadores Adilson Mariano e Roberto Bisoni, respectivamente presidente e secretário da Comissão de Saúde, juntamente com a presidente da Comissão de Educação, vereadora Dalila Rosa Leal conduziram o encontro onde o superintendente de Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) da Secretaria de Estado da Saúde, Valter Vicente Gomes Filho relatou que, foi estabelecido valores por conta dos cursos de técnicos em enfermagem de R$ 1 por hora/estágio nos estabelecimentos de saúde do Estado, R$ 2 por hora para estágios em cursos de graduação e R$ 3 para pós-graduação. “Mas os valores não são em espécies e sim em equipamentos, materiais e serviços, sendo cada aluno faz em média 100 horas/estágio na rede pública”, explicou.

O diretor-executivo do Hospital São José, Fabrício Machado disse que, o valor estipulado às escolas técnicas é de 2% do valor da mensalidade, ou seja, para o aluno que paga R$ 240 de mensalidade a hora/estágio será R$ 4,80, portanto, 100 horas de estágio custará R$ 480 que também são pagos com materiais e equipamentos. Agostinho Rosa, do setor de convênios da Secretaria Municipal de Saúde, afirmou que no município não é cobrado nenhum tipo de estágio nos PAs, Unidades de Saúde Básicas e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). A escola, através do ofício n° 0020/2011, assinado pela enfermeira Tânia Maria Santos Silva, sinalizou que “devido às dificuldades financeiras de seus alunos estará realizando remanejos de campos de estágios para tentar diminuir os custos sem diminuir a qualidade de ensino”. Informa ainda que, espera apresentar uma solução com previsão para até o próximo dia 10 de março. “Diante do que vemos parece que a escola já aceita rever sua posição em relação às cobranças”, ponderou Adilson Mariano. Já a vereadora Dalila Leal analisou que, pelos valores conveniados com os estabelecimentos de saúde não justifica o que está sendo cobrado dos alunos. Ficou estabelecido que o assunto será tema de discussões na reunião do próximo dia 16, quando novamente a escola será convidada, juntamente com o Procon.{jcomments on}

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