Mais uma vez a interdição das escolas estaduais em Joinville foi o tema debatido na reunião da Comissão de Educação no Plenarinho da Câmara de Vereadores (CVJ). Com a presença de representantes da Vigilância Sanitária, do Governo estadual, do Sindicato dos Trabalhadores da Educação e de pais e professores dos colégios interditados a reunião foi bastante polêmica, mas esclareceu muitos pontos que ainda não estavam claros para a população joinvilense.

O debate começou com a gerente Regional de Educação, Heliete Steingräber apresentando as medidas tomadas para melhorar as condições do transporte das crianças, assunto levantado por pais na última reunião da Comissão. Segundo ela, em uma reunião com as empresas que fornecem os ônibus ficou acordado que o numero de ônibus aumentará nas escolas que necessitarem e que os estudantes sempre estarão acompanhados por um funcionário da escola durante as viagens. Sobre os problemas estruturais o gerente de infraestrutura da SDR, Fabiano Lopes de Souza afirmou que já existem projetos prontos para serem licitados, como é o caso da Escola Francisco Eberhardt, localizada no bairro de Pirabeiraba. Fabiano acredita que a licitação será feita já no mês de abril.

Atendendo a convocação dos vereadores da Comissão e mesa diretora da CVJ, a representante da Vigilância Sanitária acusou o Estado de não cumprir com o seu papel de manter as escolas em condições de receber os estudantes. A coordenadora do órgão em Joinville, Mara Lucia Monteiro fez questão de deixar claro que a desinterdição das unidades de ensino já não cabe mais a Vigilância, pois o caso foi levado ao Poder Judiciário pelo Governo do Estado e que agora só com uma decisão judicial as escolas podem voltar a funcionar. De acordo com a fiscal as interdições ocorrem há cinco anos e são sempre pelos mesmos motivos e que as reformas feitas até agora foram paliativas. A fiscal Lia Abreu completou dizendo que está apenas cumprindo a lei e que ela é para todos. E sugeriu que o estado procure o Poder Judiciário e proponha um ajuste de conduta, onde o governo se comprometa a realizar todas as obras em um prazo de tempo estipulado em um acordo. A vereadora Zilnety Nunes concordou com a sugestão e afirmou que esse é o melhor caminho no momento.

A presidente da Comissão, a vereadora Dalila Leal, determinou que a Comissão enviasse um ofício ao governo estadual pedindo que o ajuste de conduta seja proposto. E informou que uma reunião com representantes da Assembléia Legislativa deverá ser marcada pois, segundo palavras do vereador Adilson Mariano, o Estado todo tem que trabalhar junto para que a situação evolua.

Foto de Sabrina Seibel

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