As recentes chuvas que assolaram Joinville provocaram o agravamento de problemas como assoreamentos, mudança da calha do rio em vários pontos, invasão das águas em áreas nunca antes alagadas, no entorno do rio Piraí, região rural, principal fonte de captação de água que abastece 70% da população joinvilense. Os problemas anunciados poderão comprometer seriamente o fornecimento de água para mais da metade da cidade em curto e médio prazo se nenhuma medida for adotada de imediato.

As denúncias vieram à tona, na tarde de hoje, durante a reunião da Comissão de Urbanismo da Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ), através do presidente da Associação dos Proprietários de Terras da Mata Atlântica com Recursos Hídricos (Aproágua), Indalecio Sumech e do presidente da Comissão de Meio Ambiente da Associação de Moradores do Alto e Baixo Quiriri, Manoel Luiz Vicente.

O assunto preocupou os vereadores Lauro Kalfels, Alodir Alves de Cristo, Juarez Pereira, João Rinaldi e José Cardozo que deliberaram em remeter ofício para o presidente da Agência Municipal Reguladora de Serviços de Águas e Esgoto (Amae), Renato Monteiro, Companhia Águas de Joinville (CAJ), Luiz Alberto de Souza e da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), Marcos Schoene para comparecer nda reunião da Comissão de Urbanismo, da próxima quarta-feira, dia 21, às 15 horas, na sala das comissões da CVJ, para esclarecer o assunto e traçar medidas que visem uma solução para o problema. O vereador Cristo lembrou sobre o projeto SOS Nascentes, onde a Companhia Águas de Joinville repassa mensalmente 3% do faturamento para manutenção dos mananciais e disse que questionará como este recurso está sendo empregado pela prefeitura.

Os líderes comunitários denunciaram também a situação das pontes: a baixa no rio Cubatão, no Quiriri e a do rio Seco, na entrada da Estrada Quiriri. Interdição, protestos, travessias de altos riscos e promessas formam um verdadeiro calvário vivido diariamente pelos moradores e produtores rurais da localidade. Quando chove aumenta o temor e a preocupação das mil pessoas que ficam ilhadas na região. Sem acesso pelo rio Cubatão, os produtores de bananas são obrigados a aumentar o percurso de 500 metros para 14 quilômetros para cruzar pelo rio Quiriri, em Garuva, isso se o nível do rio estiver baixo, comprometendo a qualidade e o preço do produto até a chegada ao mercado, graças ao péssimo estado de conservação das estradas.

O projeto de construção da ponte do rio Seco, aprovado no Orçamento Participativo de 2009, foi licitada em novembro do ano seguinte. Mas a obra iniciada logo em dezembro foi paralisada e gerou protestos dos moradores que querem a sua conlusão. O presidente da comissão, vereador Lauro Kalfels determinou o envio de ofícios aos secretários Distrital de Pirabeiraba, Sidnei Sabel e Municipal de Infrestrutura (Seinfra) Ariel Pizzolatti reivindicando providências urgentes.

mesma medida será adota para o secretário Municipal de Educação Marcos Fernandes solicitando a instalação de computadores nas escolas rurais que ainda não contam com este importante recurso para a aprendizagem dos alunos. E para o secretário Municipal da Saúde, Tarcísio Crócomo pedindo reformas e melhorias para o atendimento a comunidade nos postos de saúde da localidade de Rio da Prata e do centro de Pirabeiraba. “São ambientes insalubres, com problemas estruturais que podem levar a interdição pela Vigilância Sanitária”, afirmaram os líderes da comunidade.

Foto: Sabrina Seibel