A presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ), vereadora Dalila Rosa Leal recebeu uma sugestão, através de carta, assinada pelo presidente da Sociedade Cultural Alemã de Joinville, Carlos Adauto Virmond Vieira, no mínimo, curiosa, quanto a criar uma data para comemorar a cultura germânica de Joinville. Ao tomar conhecimento de que é do interesse do Poder Legislativo a escolha da data de 3 de outubro, para homenagear os imigrantes alemães que emprestaram os seus conhecimentos, seu trabalho, sua luta, o empenho, a garra, a própria vida, para que Joinville fosse uma cidade reconhecida pelo seu potencial econômico, Carlos Adauto sugere outra data: 9 de novembro. Ele justifica alegando que, 3 de outubro – como idéia inicial – representa a reunificação política da Alemanha Oriental e Ocidental, quando os territórios antes separados passaram a ser regidos pela mesma constituição, data comemorada com feriado na Alemanha.

Nesse contexto a Sociedade Cultural Alemã de Joinville foi fundada em 3 de outubro de 1999 e todos os anos, nesta data do seu aniversário, presta homenagem aos cidadãos de nossa cidade, que dedicaram parte de suas vidas à preservação da cultura germânica. No entanto, a primeira sugestão seria justamente adotar a real data da queda do muro de Berlim (9 de novembro), que poderia até coincidir com a Festa das Flores, tornando-se a homenagem parte integrante do festejo, que é tipicamente alemão. Virmond Vieira diz ainda que, há de se fazer uma necessária distinção entre as denominações “germânica” e “alemã”, pelo fato da primeira englobar todos os demais países de língua alemã, a saber: Suíça e Áustria.

“Essa ressalva se deve ao fato de que, tanto o dia da queda do muro, quanto o da reunificação política, são marcos importantes para a história da Alemanha, mas não necessariamente para a história da Suíça e da Áustria. Entretanto o dia 9 de novembro, pela abertura das fronteiras, se tornou um marco internacional, pois representa o início do fim da “cortina de ferro”, que divida em dois o continente Europeu e parte do mundo. Sob esse prisma o dia da “queda do muro” se mostraria mais adequado”, explica o presidente. Ele encerra colocando que independentemente de sua posição apóia a proposta sugerida de 3 de outubro.

Foto: Sabrina Seibel