Com o plenário da Câmara de Vereadores de Joinville lotado de radialistas, diretores, jogadores e torcedores do Joinville Esporte Clube (JEC), foi realizado na noite de hoje, a sessão solene em homenagem aos 70 anos da radiodifusão de Joinville e ao JEC pelo acesso a série “B” no Campeonato Brasileiro de Futebol. Rádio e futebol são dois assuntos que estão intimamente ligados, visto que antes mesmo do surgimento da televisão as grandes partidas de futebol já eram registradas na narração das mais expoentes vozes do rádio brasileiro e assim ficaram gravados os mais importantes fatos do futebol nacional nas mais diversas emissoras de rádio de todo o país. E foi dentro desta relação o tom dos discursos dos vereadores e dos convidados.

O vereador do PSDB, Maurício Peixer, proponente da sessão, foi taxativo ao afirmar que o rádio contribuiu muito para o desenvolvimento de Joinville, “além de ser a companhia de muita gente que vive sozinho, mas não se sentem solitárias”. Ele lembrou que, nem o surgimento da televisão, das ondas em FM e nem a internet conseguiram tirar a importância do rádio que, “não é egoísta porque as pessoas podem ouvir sem deixar seus afazeres”, disse Peixer. Sobre o JEC, Peixer citou que, “em dias de vitórias do time a produção aumenta na indústrias de Joinville e influenciar no movimento turístico da cidade”. Após fazer um breve resgate sobre o início do JEC, o vereador José Cardozo, do PPS, disse que, “o JEC não traz alegria apenas para Joinville, mas para toda Santa Catarina”. E na pessoa do saudoso radialista Mario Hütl, ele homenageou todos os profissionais presentes na casa.

O líder do PT, vereador Manoel Francisco Bento profetizou que, daqui para frente o JEC deverá galgar rumo à série “A” do Campeonato Brasileiro de Futebol. Além de lembrar dos radialista que já passaram pelo rádio e deixaram suas contribuições com a sociedade e enalteceu a, “importância do trabalho do rádio na informação para a população”. Jucelio Girardi, do PMDB, afirmou que, os radialistas falam e pregam a verdade no dia a dia porque sabem a responsabilidade e o compromisso que tem com a sociedade e que foi pelo trabalho sério da atual diretoria que levou o JEC a ascensão. Para o vereador do DEM, Alodir Alves de Cristo, o atual momento do JEC promove emoções e, “quando associamos emoções, associamos o espírito humano”. Ele enalteceu o fato de o rádio e o futebol estarem nas entranhas da população ao homenagear os radialistas e o time que representa a cidade.

O radialista Marco Antonio Peixer, um dos participantes da fundação do JEC, lembrou que a fusão do América e Caxias, teve início em 1976, em uma reunião na Liga de Sociedades quando um grupo de empresários, convidados, que formaram o primeiro Conselho Deliberativo deram posse ao Valdomiro Schutzler como primeiro presidente do JEC para ser a terceira força do futebol brasileiro no Sul do país. E em toda esta trajetória, segundo Marco Antonio, o rádio joinvilense acompanhou, divulgou, apoiou, sempre esteve ao lado do time e sua torcida, engrandecendo-o e fortalecendo juntamente com a cidade. O presidente do JEC, Márcio Vogelsanger lembrou da ligação existente entre o rádio e o futebol, “e é quem leva ao conhecimento da sociedade os “furos” jornalísticos, as notícias, antes, durante e depois dos jogos”. Ele agradeceu a comissão técnica, os jogadores – que se fizeram presentes –, funcionários, sócios, os empresários que apóiam o JEC, “pois serão lembrados na história da cidade”. Para Vogelsanger, o JEC tornou-se uma causa pública, “ele é da cidade, é da população, é dos empresários, é dos políticos, enfim o JEC é hoje uma excelente fonte de lazer para a população joinvilense”, disse emocionado.

O presidente do Sindicato dos Radialistas, Josdé Eli Francisco lembrou quando, ao acompanhar no vestiário, a preleção do treinador do JEC Alcino Simas, no dia em que conquistou o primeiro título, ainda no campo do América: “vocês – treinador falando aos jogadores – sabem por que esta torcida está gritando? É por causa desta camisa (mostrando uma delas) que nós amamos!”. O time foi para o jogo e sagrou-se campeão, disse Eli Francisco. Em seguida ele fez um resgate histórico de fatos e profissionais do “microfone” de seguidos anos da história da cidade colocando como um legendário o saudoso radialista Jota Gonçalves, o primeiro narrador esportivo do rádio joinvilense. O presidente do legislativo, vereador Odir Nunes lembrou que, após a derrota do JEC no jogo contra o Caxias (RS), disse durante uma entrevista no programa Ataque e Defesa – Rádio Cultura/Jovem Pan – do radialista José Mira, que a vida não é feita somente de vitórias e profetizou que, “o JEC iria para a série B e que todos que formam o Joinville Esporte Clube vão ficar na história, “assim como os novos radialistas que devem fazer a história de Joinville”, finalizou.

Foram homenageados José Eli Francisco, diácono Elias Dimas dos Santos (diretor Rádio Difusora), Jota Gonçalves – in memorian, representado pela neta Gabriela Correa Gonçalves, Márcio Vogelsanger, Nereu Martinelli (diretor de futebol do JEC), Janine Bona Pereira (autora do hino do JEC), Rodrigo Albano (representando as torcidas do JEC), Ramiro Gregório da Silva (ex-radialista), Jota Montês (radialista da “velha guarda”), Leo Cesar (ex-radialista), e Marco Antonio Peixer. A sessão terminou com o hino do JEC nos acordes do violinista Ananias Almeida e da tecladista Daniela Hack, cantado por Janine Pereira. Também abrilhantou a sessão a Banda do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville.

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Fotos: Nilson Bastian

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