Os excelentes serviços prestados a sociedade joinvilense pelas entidades Ajidevi (Associação Joinvilense de Integração dos Deficientes Visuais) e Adej (Associação dos Deficientes Físicos de Joinville) foi reconhecido pela Câmara de Vereadores. No átrio da CVJ foi realizada sessão solene para homenagear o aniversário de 30 anos de fundação da Ajidevi e 28 da Adej. A iniciativa da sessão partiu dos vereadores Patrício Destro, que parabenizou a Ajidevi e Manoel Bento, que homenageou a Adej.

A chuva e o intenso frio não impediram que o átrio da Câmara fosse tomado pelo público. A sessão iniciou com a apresentação de um vídeo institucional, produzido pela TV Câmara, relatando um pouco do dia a dia do trabalho desenvolvido nas instituições. A Adej atua na reabilitação de pessoas com deficiência, tanto física quanto de intelecto. Oferecem serviços de fisioterapia, hidroterapia, massoterapia e fonoaudiólogos. A luta pela reabilitação e inclusão social continua com aulas de teatro e grupos de dança de cadeira de rodas. Já a Ajidevi foca seus trabalhos na deficiência visual, atendendo desde bebês até idosos. Ofertam aulas para o aprendizado do Braille, inclusão digital e terapia ocupacional, além de contarem com uma biblioteca Braille.

O que pensam os vereadores e amigos das instituições

Colaboradores das instituições prestaram suas homenagens. Um deles foi o padre Elias de Oliveira. Elias parabenizou o legislativo pela iniciativa, aproveitou a oportunidade para solicitar aos vereadores ações em prol das pessoas com deficiência. “Esta iniciativa resgata a cidadania. Temos que efetivar e respeitar o que já é lei para a pessoa com deficiência”, enfatizou Oliveira.

O vereador Manoel Bento relembrou o termo de compromisso assinado pela prefeitura no qual toda obra pública deve respeitar as leis de acessibilidade. O vereador citou uma recente construção no bairro Boa Vista onde a calçada não respeita a pessoa com deficiência. O vereador se colocou à disposição das instituições. O vereador Alodir Cristo, representando Patrício Destro, alertou que o Brasil deve levar mais a sério as políticas públicas de inclusão social. Como forma de homenagem as instituições, leu uma mensagem de Chico Xavier, “A alma do mundo”.

São duas instituições que fazem a diferença. Com essas palavras, a vereadora Zilnety Nunes iniciou seu discurso. “Quando olho para vocês, vejo todos felizes. Somos iguais perante o arquiteto da natureza, nosso Deus”, destacou a vereadora. O vereador Maurício Peixer resumiu o sentimento de muitos presentes para superar os obstáculos da vida: o amor. “Temos que respeitar o direito da pessoa com deficiência, sempre”, conclamou Peixer.

Francisco de Paulo, da Secretaria da Assistência Social, representou o prefeito na sessão. Explanou sobre a necessidade da população se manter acessível e da importância da assistência social no trato das políticas públicas. “Assegurar a acessibilidade é tarefa de toda a sociedade”, destaca Francisco.

Odir Nunes, presidente do legislativo, assegurou que a CVJ sempre esteve aberta as grandes discussões que envolvem acessibilidade. Odir pediu a sensibilidade do poder público e do empresariado da cidade para a inclusão no mercado de trabalho das pessoas com deficiência. Nunes citou a recente ação da mesa diretora da Câmara, apoiada pelos demais vereadores, para a contratação de 11 estagiários com deficiência. Emocionado, Nunes fez questão de apresentar três estagiários oriundos das instituições homenageadas. “Temos que oportunizar a esses jovens um ofício e a socialização”, argumenta Odir.

Onísia da Silva, presidente da Ajidevi, relembrou os fundadores da instituição e os colaboradores como agentes fundamentais para a sobrevivência da instituição nesses 30 anos. “Temos os direitos iguais. Desenvolvemos um trabalho muito importante para a sociedade”, afirma Onísia. O presidente da Adej, Carlos Eduardo Faria, solicitou ao poder público e ao empresariado apoio para a manutenção dos serviços. “A Adej precisa sobreviver”. Ao término da sessão, o grupo de teatro da Adej apresentou a peça teatral “O pequeno picadeiro”. A jovem estudante, Talita Fernanda Silva, deficiente visual e estagiária da Câmara, prestou sua homenagem fazendo a leitura de uma mensagem no sistema Braille.

Fotos: Sabrina Seibel

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