O uso de areia descartada de fundição foi tema de intenso debate nesta tarde, na sede da Câmara de Vereadores (CVJ). Após denúncia feita a CVJ, colocando em suspeita o uso saudável da areia descartada, os membros das comissões de Urbanismo e Saúde convidaram os envolvidos para dialogar sobre o tema.

Para Leonardo Morelli, Secretário Geral da Defensoria Social e autor da denúncia, a areia de moldagem reciclada, que é o principal resíduo da indústria de fundição, é cancerígeno. Morelli mirou sua denúncia na Fundição Tupy, empresa sediada em Joinville. Para Morelli, os produtos fabricados a partir da areia descartada contêm fenol, substância tóxica e que pode ocasionar câncer.

Por sua vez, a empresa Tupy desqualificou as denúncias de Morelli. Raquel Carnin, química da empresa, fez uma apresentação mostrando passo a passo todo o processo que o material passa para ser reutilizado. Segundo Raquel, a empresa segue todas as normas e procedimentos vigentes. Wilson Luiz Guesser, engenheiro da Tupy, afirmou que o uso de materiais feitos com a areia de fundição descartada não é prejudicial à saúde. Para ele, não existe embasamento científico que prove o prejuízo do material ao maio ambiente e a saúde do homem. O reuso da areia é destinada a confecção de peças de concreto, lajotas usadas em calçadas, ao uso de paver, em aterro de resíduos, na agricultura entre outros.

A prefeitura utilizou pavers (peça pré-moldada de concreto), que a Tupy fabricou, na construção de calçadas. Este foi um dos motivos que levou a discussão para as comissões da Câmara. Por se tratar de um tema importante e recente na cidade, os vereadores querem toda atenção dos órgãos ambientais responsáveis e da PMJ para o uso seguro do material. A convite dos técnicos da Tupy, os vereadores membros das comissões farão uma visita a empresa para acompanhar todo o processo de produção do material. O objetivo é levantar novas informações para um posicionamento final sobre o uso deste material em Joinville.{jcomments on}

Fotos: Sabrina Seibel

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