Na sessão ordinária desta noite, os parlamentares da Câmara de Vereadores de Joinville questionaram o presidente da Fundação Cultural de Joinville, Silvestre Ferreira, que foi citado no relatório da operação Simbiose, desencadeada pela Polícia Federal e que culminou com a prisão de Marcos Schoene, ex-presidente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema). Outro fator que motivou a vinda de Silvestre para dar explicações ao Legislativo foi a interdição da Casa da Cultura, fechada desde o início do mês de agosto deste ano.

O vereador Osmari Fritz disse ter ficado surpreso ao saber que o nome do presidente da Fundação Cultural estava envolvido na operação Simbiose. O parlamentar questionou Silvestre sobre a possibilidade de um deslize administrativo cometido pela Fundação. Em sua defesa, Silvestre afirmou que não há irregularidades e que já apresentou à justiça uma defesa prévia. Silvestre não entrou em detalhes, mas disse estar com a consciência tranquila. O vereador Maurício Peixer questionou os critérios de escolha dos projetos aprovados no Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec), que seleciona projetos culturais que recebem incentivos públicos. Segundo Maurício, em mais de uma oportunidade, cidadãos o procuraram se queixando de não terem sido contemplados, insinuando que os projetos são direcionados. Silvestre alega que o descontentamento de quem não é contemplado é normal e que a Fundação é isenta e segue de forma correta os editais. O vereador Maurício não se convenceu das explicações e vai esperar os esclarecimentos por escrito.

Casa da cultura, interditada pela Vigilância Sanitária

Tanto o vereador Alodir Alves de Cristo quanto Patrício Destro, demonstraram preocupação com a situação de abandono da Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior. Fechada desde o dia 02 de agosto de 2011, a Casa da Cultura abriga a Escola de Artes Fritz Alt, a Escola de Música Villa-Lobos, a Escola Municipal de Ballet e a Galeria Municipal de Artes Victor Kursancew, e atende 1,2 mil estudantes. A Vigilância Sanitária interditou o local, pois apresenta problemas de infiltrações, goteiras, umidade e problemas na parte elétrica e estrutural. O vereador Alodir Cristo disse que a população cobra nas ruas o reparo e perguntou a Silvestre se a reforma ficará pronta em 2012. Ferreira admitiu a grande crise que passa a Casa da Cultura e que acredita que até o próximo ano todos os reparos necessários serão feitos. Já Patrício chamou atenção para o valor divulgado pela Fundação Cultural para a reforma no local, que gira em torno de R$ 1,7 milhões. “Com esse valor tem que demolir tudo e construir uma sede nova”, sugere Destro. Os vereadores Manoel Bento e João Rinaldi saíram em defesa de Silvestre Ferreira, que, segundo eles, é uma pessoa idônea. O presidente do Legislativo, vereador Odir Nunes, afirmou que serão destinados R$ 100 mil do repasse da Câmara para as reformas da Casa da Cultural.

Foto: Sabrina Seibel

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