Os vereadores da Comissão de Saúde fizeram uma audiência pública nesta segunda-feira (22), na Escola Municipal Deputado Nagib Zattar, no bairro Jardim Paraíso, para discutir com a população os problemas de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e das Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) neste bairro e também no Jardim Sofia e na Vila Cubatão.

Segundo o presidente do Conselho Local de Saúde, Márcio Oliveira, os principais problemas das unidades são a alta demanda e a defasagem de profissionais. “Nós enviamos uma solicitação para a Secretaria Municipal de Saúde para abrir concurso público e a resposta que tivemos é a de que será feito um remanejamento interno dos servidores”, alegou.

De acordo com a gerente da Atenção Primária do Distrito Norte, Luiza Helena Cardoso dos Santos, houve um crescimento populacional desigual, o que acarretou na alta demanda das unidades. Atualmente, 25.524 pessoas estão cadastradas e fazem uso do sistema único de saúde do bairro Jardim Paraíso. Se for feito o remanejamento de funcionários para atender à demanda, cada UBS e UBSF passariam a atender aproximadamente 3.646 usuários, explicou a gerente.

Luiza Helena destacou que a Política Nacional de Atenção Básica e o Previne Brasil, programa do governo federal que define critérios de repasses de recursos aos municípios, estabelecem que cada equipe de saúde da família deve atender de 3.500 a 4.000 usuários.

A gerente da Atenção Primária do Distrito Norte também aproveitou para apresentar algumas das ações que constam no plano de melhorias para a saúde. Serão contratados um farmacêutico, um auxiliar de saúde bucal, um técnico em enfermagem, um nutricionista, um fonoaudiólogo, um terapeuta ocupacional e um psicólogo.

Segundo a Secretária Municipal da Secretaria da Saúde (SES), Tânia Eberhardt, a Secretaria de Gestão Pública da Prefeitura já está providenciando as contratações, mas não sabe se serão contratados servidores públicos ou celetistas.

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej), Jane Becker, destacou a importância da abertura de concurso público para inibir a corrupção. “O cargo público garante a estabilidade do servidor, já o contratado não. Se ele conseguir uma oportunidade melhor, simplesmente vai embora.