A conscientização sobre o aumento dos casos de Alzheimer e o apoio a crianças com transtornos e dificuldades de aprendizagem pautaram a tribuna livre da sessão ordinária desta quarta-feira (21). A sub-regional joinvilense da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) e a organização You.up usaram o espaço para detalhar as ações realizadas e seus respectivos projetos no município.
Pela Abraz, Scarlet Murara iniciou a apresentação, lembrando que 21 de setembro é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer. Conforme os dados da associação, atualmente há no país mais de 1,8 milhão de pessoas com demência. As projeções, conforme a apresentação, apontam que os casos aumentarão 206% até 2050. Com base nas projeções, Scarlet defendeu a importância da saúde pública possuir estrutura adequada para um melhor suporte dos casos.
A representante da Abraz enfatizou que ainda é grande o tabu social para falar sobre pessoas demenciadas. A identificação dos casos, conforme Scarlet, pode se dar a partir da identificação de dificuldades na realização de tarefas diárias, na perda de memória e na alteração de humor e comportamento, por exemplo. Em Joinville, Scarlet destacou que há um grupo de apoio com encontros mensais na Sociedade Joinvilense de Medicina (SJM). O próximo está marcado para o dia 10 de outubro, às 19h30.
No espaço destinado para a You.up, Guilherme Bertani e Cleide Hoffmann apresentaram um histórico da organização. Eles contaram que You.up foi criada em maio de 2021 com o objetivo de promover a inclusão e o protagonismo de crianças com dificuldades no desenvolvimento. Eles destacaram que, apesar do pouco tempo de atividades, a organização é pioneira neste ramo de atendimento.
Cleide explicou que o foco da You.up é o atendimento de estudantes da rede pública com idade entre 5 e 17 anos, mas enfatizou que não basta o cuidado apenas das crianças. Ela destacou que é necessário um trabalho conjunto junto a professores e escolas.
A representante da You.up ainda relatou as atividades realizadas pela organização, como palestras na rede municipal de ensino, auxílio na formação de profissionais e apoio às famílias com casos de dislexia (disturbio acentuado na leitura), TDAH (hiperatividade e desatenção), discalculia (dificuldade na aprendizagem de números) e dispraxia (dificuldade na realização de atos motores).