A manutenção de academias da terceira idade foi tema de debate na Comissão de Urbanismo na tarde desta terça-feira (14). Os vereadores ouviram representantes da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (Sama) e da empresa que cuida da manutenção dos equipamentos. Eles explicaram que o principal problema é a falta de um contrato para o fornecimento de peças de reposição para os equipamentos.
O debate sobre as academias foi acompanhado pelos vereadores Sidney Sabel (Democratas) e Pastor Ascendino Batista (PSD). Sabel localizou no Portal da Transparência um valor previsto de R$ 434 mil reservados para a ação “construção, reforma e manutenção de praças e jardins” no orçamento municipal para 2021 e questionou como se dá a aplicação desse recurso.
O representante da Sama informou que, desse valor, R$ 180 mil s utilizados para a contratação da empresa que faz a manutenção das academias. O restante, afirmou, deve ser aplicado nas praças.
Sabel defendeu o modelo em que empresas se responsabilizam pela manutenção, conhecido por “Parceria Verde”, já em prática. A manutenção passa a ser realizada por meio de um termo de compromisso da empresa ou instituição (associações de moradores, entidades de classe, organizações sociais, escolas e sindicatos também podem aderir à iniciativa) com a Prefeitura.
Ascendino Batista aproveitou para questionar e cobrar melhorias no parque do Morro do Finder, sobre o qual já chegou a exibir vídeo em sessão. O vereador tem denunciado o mau estado de conservação da unidade.
Francisco Rufino de Borba Junior é o responsável pela empresa que cuida das academias da terceira idade em Joinville desde 2010. Ele destacou que esta foi a primeira vez que foi chamado para uma reunião na CVJ. Algo que o deixou “feliz”, em suas palavras.
Francisco fez um panorama histórico das praças e academias da melhor idade em Joinville. Foi a formação em Educação Física que o aproximou do projeto, ainda antes de 2010. Naquele ano, havia pouco mais de 20 academias na cidade. O “erro” da Prefeitura, disse Francisco, foi a parceria com a Unimed na instalação de outras 40 academias. O empresário disse que o material não era adequado, sofrendo corrosão em pouco tempo.
Outro tópico mencionado por Francisco como causador dos problemas de manutenção é que deveriam ter sido realizadas duas licitações: uma para contratar quem troca os materiais e outra para contratar o fornecimento de peças. Esta segunda, porém, nunca chegou a ser realizada, assegurou. Com isso, a solução para o município estava em deixar as academias sem os equipamentos ou deixar algo, ainda que sendo esteticamente desagradável.