A Câmara de Vereadores de Joinville solidariza-se com as famílias das vítimas da tragédia desta quarta-feira (4) no centro de educação infantil Pró-Infância Aquarela, em Saudades, município a oeste de Santa Catarina. Vereadores foram à tribuna na tarde de hoje para lamentar o assassinato das duas funcionárias e das três crianças.
“Esse 4 de maio vai ficar na lembrança de todos nós por esse episódio triste e lamentável, de crianças indefesas que sofreram esse ataque, essa barbárie”, disse o presidente da CVJ, vereador Maurício Peixer (PL). Segundo ele, condolências serão enviadas à cidade. A sessão foi encerrada com um minuto de silêncio.
“Eu fiquei chocado quando vi o noticiário”, disse Pastor Ascendino Batista (PSD). “Eu tenho dois filhos, e eu não consigo me colocar no lugar desses pais. A única coisa que eu, como pastor, posso fazer é orar pela cidade, orar pela família, e pela mãe, que deixou a criança no CEI, e depois teve a notícia de que seu filho estava morto. Que Deus tenha misericórdia desse jovem que cometeu o crime!”.
Diego Machado (PSDB) afirmou que tinha outros temas para tratar no horário destinado aos partidos, mas que era impossível ficar indiferente ao que aconteceu. “Ficam aqui as nossas condolências à cidade, que está em luto, está em choque. Eu tenho duas filhas pequenas, uma em CEI, e a gente começa imaginar ‘e se fosse conosco?’”.
Ana Lúcia Martins (PT) lembrou de um projeto do ex-vereador Rodrigo Fachini sobre a disponibilização de psicólogos em escolas de Joinville, que foi rejeitado na Câmara. “Esse profissional pode observar se a criança ou o jovem tem algum problema que pode ser tratado desde muito cedo. Não estou aqui fazendo uma justificativa, mas todos estamos vulneráveis, e devemos pensar numa educação mais integrada. Precisamos pensar em retomar essa discussão do projeto de Fachini”, afirmou Ana.
“As pessoas estão privadas do seu convívio social, da sua ‘liberdade de ir e vir’, e temos as nossas crianças, que estão privadas, estudando ora na escola, com distanciamento, e estudando virtualmente, num computador, numa tela fria, mas elas precisam ter a nossa atenção, para que possamos prevenir certas coisas”, disse Cassiano Ucker (Cidadania).
Wilian Tonezi (Patriotas) afirmou que os teóricos do marxismo e da Escola de Frankfurt desconstruíram ou “demonizaram” Deus e a família e que “essa agenda está dando frutos no Brasil há muitos anos” A tragédia deve, segundo o vereador, levar pessoas a pregar “mais Estado, mas com promessas falsas, que não identificam o problema”. “Se não voltarmos nossos olhos a Deus, será uma tragédia atrás da outra”, advertiu Tonezi.