Dever cumprido e diploma em mãos. Com sorriso estampado no rosto e muita descontração, os 70 alunos do curso de Libras da Câmara de Vereadores foram diplomados. A solenidade de formatura ocorreu na noite desta terça-feira (27), no plenário da Câmara de Vereadores.

Esta foi a segunda turma do curso de Libras idealizado pela Escola do legislativo (EL) da CVJ. Os cursos foram ministrados por Rute Mielniczki, professora de Libras. A Libra é a sigla da Língua Brasileira de Sinais, são as línguas naturais das comunidades surdas. Em 2011, foram 45 formandos, entre ouvintes e deficientes auditivos.

O plenário do Legislativo foi tomado pelos formandos, seus amigos e familiares. Todos comemorando a conclusão do curso de 120 horas, que foi dividida em dois módulos, o intermediário e básico.

A solenidade teve início com os alunos interpretando o hino nacional na linguagem de Libras. Com roupas pretas e luvas brancas, os alunos em sincronia interpretaram o hino. Albelize Leite, vice-presidente do Instituto Joinvilense de Assistência aos Surdos (Ijas), reforçou a parceria entre a CVJ, o instituto e a Polícia Civil para se desenvolver uma prova específica para assegurar a Carteira Nacional de Habilitação para os deficientes auditivos. Visão compartilhada com Dirceu Silveira Junior, delegado da Polícia Civil de Joinville. “O Detran não poderia ficar para trás quando tratamos de inclusão social. A prova especial está sendo elaborada”, destaca o delegado.

O vereador James Schroeder, presidente da Escola do Legislativo, destacou os 29 eventos e as mais de 3.127 pessoas que já participaram de cursos idealizados pela EL. “São cursos de capacitação para os funcionários do Legislativo abertos à comunidade”, reforça James. O vereador Manoel Bento destacou o papel da Câmara de Vereadores em oportunizar o aprendizado, destacando o trabalho social desenvolvido por Rute. O presidente do Legislativo, vereador Odir Nunes, sintetizou o compromisso da CVJ com a inclusão social citando a contratação dos 11 servidores deficientes. “Essa ação não pode ser vista como um gasto, e sim um investimento”, salientou Odir.

Rute interpretou na linguagem dos sinais o seu discurso, que foi lido no plenário por Sueli Ramos, que participou do curso. Emocionada, Rute afirmou que trabalhar com surdos é o grande desafio de sua vida, que faz tudo com amor. Para ela, é fundamental para a sociedade entender o deficiente auditivo e se esforçar para a inclusão social, assim como conhecer a cultura surda.

Foto de Sabrina Seibel

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