Foi discutida hoje, na comissão de Participação Popular e Cidadania, presidida pelo vereador Maycon Cesar, a crise financeira da Metalúrgica Duque. A reunião contou com a participação gerência regional da Fazenda Olandio Hornburg, da gerente da Delegacia Regional do Trabalho e Emprego, Eliane Mendes, e do Secretário de Finanças da Federação dos Metalúrgicos, João Bruggmann, além de funcionários da empresa.
A proposta era discutir o pagamento das rescisões dos trabalhadores que ainda não receberam o salário. De acordo com Eliane Mendes é a Justiça do Trabalho que tem a competência de negociação. A gerente afirma que o papel do Ministério do Trabalho é monitorar a situação.
Para o vereador Adilson Mariano, os órgãos do governo devem ser os primeiros a estar cientes dos problemas. Ele relaciona a atual situação da metalúrgica com a da empresa de ônibus Busscar. “É inaceitável uma situação como essa novamente”, comentou. Segundo Olandio Hornburg, quanto aos impostos devidos, há possibilidade de parcelamento, mas, segundo afirmou, essas questões são de sigilo fiscal.
João Bruggmann afirma que a tendência é a dívida aumentar. “A Duque perdeu a credibilidade no mercado, está sem comando. Se não houver uma solução rápida, entre 15 e 20 dias, é possível que não suporte mais esta situação”, opinou.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Receita Federal, a Secretaria de Integração Regional e o Ministério Público do Trabalho foram convidados, mas não enviaram representantes. As lideranças da Metalúrgica Duque também foram convidadas, mas, segundo o vereador Adilson Mariano, sequer receberam o ofício.