A Comissão de Urbanismo debateu hoje (18) a situação do transporte coletivo para deficientes físicos em Joinville. De acordo com o cadeirante Nelson Freitas, o Transporte Eficiente tem problemas no agendamento e o número de veículos que fazem o serviço é insuficiente.
Ouça: Nelson reclama do tratamento recebido pelos deficientes físicos no transporte coletivo
O serviço transporta portadores de deficiência física mediante agendamento prévio. Para Nelson Freitas, deveria haver um 0800 para o agendamento, já que, segundo ele, muitas vezes os usuários têm que aguardar na linha pelo atendimento e, portanto, gastar dinheiro com as ligações. Além disso, de acordo com Nelson, não há veículos suficientes fazendo o serviço. “A demanda do Transporte Eficiente está sufocada, e quando utilizamos as linhas regulares nos indagam porque não usamos o serviço específico para deficientes”, afirmou.
De acordo com o engenheiro do Seinfra Glaucos Folster, o Transporte Eficiente não foi criado para ser um serviço definitivo. “Quando foi criado, ele teve como intuito incluir pessoas que têm alguma dificuldade de mobilidade à condição deficitária que a cidade tinha de acessibilidade dos veículos de transporte coletivos e em calçadas, travessias etc”, afirmou.
Segundo o gerente operacional da Transtusa, Rodrigo Slapnicka, 88% das viagens do transporte coletivo de Joinville são feitas com veículos adaptados. “Durante a semana 80% das viagens são com veículos adaptados e nos finais de semana, 100%. São 198 mil viagens por mês”, afirmou.
Para o especialista em acessibilidade Mário Cézar da Silveira, a acessibilidade do sistema de transporte fica prejudicada por falta de rebaixamento em calçadas e travessias. “Por isso é importante que o Transporte Eficiente atenda adequadamente os deficientes físicos”, disse.
Os vereadores da Comissão e as entidades vão agendar uma data para fazer uma vistoria nos ônibus do transporte coletivo.