Hoje, na comissão de Economia, foram debatidos três projetos do vereador Jaime Evaristo (PSC) sobre as agências bancárias em Joinville. Escudo de proteção para vigilantes, presença de profissional de Libras nas agências e balcões adaptados para deficientes foram discutidos com os representantes dos bancos.

O primeiro projeto debatido foi o PL 312/2014, que pretende tornar obrigatória a instalação de escudo de proteção ou cabine de segurança para os vigilantes em todas as agências bancárias da cidade. De acordo com o gerente regional do Banco Bradesco, Elcio Alves Ferreira, a Lei Federal 7.102/83 já torna o escudo de proteção obrigatório, logo, não seria necessária uma lei municipal: “Não entendo porque outra lei se já temos uma no âmbito nacional que está vigorando. Aliás, todas as agências já obedecem isso, inclusive, temos um plano de segurança que é renovado anualmente pela própria Polícia Federal”.

Segundo o proponente do projeto, Jaime Evaristo, o objetivo é tornar o trabalho dos vigias mais tranquilo e seguro. Para ele, com uma lei municipal as agências se obrigariam mais ainda a obedecer a lei. “Alguns bancos não estão obedecendo, nós recebemos reclamações aqui. Mesmo com uma lei federal, devemos fazer uma municipal para os bancos levarem a sério”, explica.

Libras

Outro projeto que os vereadores discutiram com os representantes dos bancos, foi o PL 322/2014, que obriga as agências bancárias centrais do município a contarem com um profissional capacitado a atender em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Segundo o vereador, com a quantidade de surdos que existem na região, não se pode mais admitir bancos sem esse profissional. “Não é difícil para o banco treinar pelo menos uma pessoa para essa função. Os surdos e mudos merecem igualdade, temos ao todo 30 mil na região”, justifica.

O gerente regional do Bradesco rebateu o projeto afirmando que desde 2008 os bancos já discutem essa situação e que todas as agências já contam com esses profissionais para atender o público surdo e mudo. “Entendemos que é pela prevenção, mas todos os bancos já contam com isso porque se trata de uma necessidade muito antiga”.

Caixas eletrônicos adaptados

O último projeto discutido foi o 280/2015, que obriga a disponibilidade de caixas eletrônicos e balcões de atendimento para deficientes físicos. Segundo gerente do Banco do Brasil, Janderson Pirmann, esse também seria apenas por precaução, já que as agências já estão cumprindo o que se pede no projeto. “Todas as agências têm caixas adaptados, que seguem um padrão e já existem em toda a cidade”, explica. De acordo com ele, o padrão vem da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que se refere ao tema na norma 15.250/2005.

Texto: Carolina Manske, estagiária / Supervisão: Marina Bosio / Foto: Nilson Bastian

Deixe um comentário