A Comissão de Participação Popular e Cidadania recebeu na tarde de hoje, os moradores das proximidades da rua Visconde de Taunay, conhecida como a “Via Gastronômica” de Joinville, para discutir sobre os excessos que são praticados por determinados estabelecimentos comerciais e freqüentadores do local. Principalmente o barulho produzido por algazarras e o som alto das casas noturnas que tiram o sossego dos moradores.

Renato Mussomed, morador da região, reclamou que há disparos de alarmes dos veículos constantemente, grandes festas com som alto em casas sem revestimento acústico adequado. “Mesmo com tantos problemas a Moon, a Zoon e a Mango tiveram os alvarás liberados pela Fundema (Fundação Municipal do Meio Ambiente) para seus funcionamentos. Estamos há sete anos pedindo uma solução para que possamos dormir”, reclamou Mussomed. Para agravar ainda mais o quadro, de acordo com os moradores as casas noturnas estão conscientes dos problemas e nada fazem para amenizar o constrangimento provocado e que tem gerado tantas reclamações.

Para Suzana Henning, causar poluição sonora é crime, “estamos cansados de receber como reposta por parte dos órgãos fiscalizadores que as casas possuem alvará”, ressaltou.

Para discutir o problema com maior amplitude a Fundema agendou, previamente, uma reunião para o próximo dia 8, às 9h. A coordenadora da área de fiscalização da repartição, Maria Salete Soares, confirmou que as casas noturnas Moon, Zoon e Mango foram fiscalizadas pela instituição e apresentaram documentação legal. “A fiscalização é semanal e é realizada das 20h às 4h da madrugada. Reconhecemos que temos um problema com o Mango que fez algumas adequações para atender as reivindicações dos moradores por um tempo e não houve mais reclamações, por isso, estamos revisando a questão da Mango”, disse Maria Salete.

Além do ruído excessivo, eles reclamaram da falta de ação por parte da Polícia Militar, pois há vários motoristas embriagados saindo das casas noturnas e conduzindo seus veículos sem que haja fiscalização. O tenente coronel Eduardo Valles, comandante do 8º BPM, afirmou que são atendidas cerca de 250 ocorrências mensais de perturbação da ordem. “Isso acaba sendo um problema, pois saímos do nosso foco que é prender bandidos. Se o problema é de falta de estrutura dessas casas noturnas cabe ao executivo adotar providências”, cutucou o oficial. E adiantou que irá reforçar as ações de sua corporação na via gastronômica atendendo pedido da comunidade local.

Como forma de pressionar a Fundema a adotar providências em favor dos munícipes, o presidente da comissão, vereador Maurício Peixer, solicitou cópias dos alvarás de funcionamento das três casas noturnas citadas durante a reunião. Sugeriu também que os vereadores acompanhem uma blitz dos órgãos de fiscalização, durante uma noite dessas.

A vereadora, Tânia Eberhardt, é importante também que a Fundema remetam ao legislativo o relatório de fiscalização dos últimos quatro meses, além do documento que registra as reclamações dos moradores para o 0800 da instituição.

Já a vereadora Zilnety Nunes quer que a situação seja apurada. “Nós queremos uma solução, talvez ela demore um pouco mais, mas é necessário atender a demanda desses moradores”, finalizou a parlamentar.

Foto de Sabrina Seibel

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