Pela quarta vez nos últimos quatro meses os moradores do entorno do Parque da Cidade, no bairro Guanabara, se reúnem com o presidente da Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ), vereador Odir Nunes e representantes de repartições da prefeitura para reivindicar providências para uma série de problemas surgidos com a criação do equipamento público, em outubro do ano passado. Além de outras situações geradas por empresas na região. O encontro, na manhã de hoje, na CVJ, reuniu o procurador do município, Naim Andrade Tannus, a presidente da Fumdema, Maria Raquel Migliorini de Mattos, a gerente do Patrimônio da prefeitura, Sandra Correia, e representantes da Associação de Moradores do bairro.

Novamente as reclamações recaem sobre as festas realizadas na praça, algazarras, som alto em veículos, consumo de drogas e bebidas alcoólicas, atos indecentes, o lixo espalhado pelo chão da praça e a falta de banheiros públicos. Agravados com a falta de limpeza e conservação do sambaqui, situado atrás do Colégio Estadual Jorge Lacerda, que serve de refúgio para drogados que se envolvem em arrombamentos e furtos de residências próximas está causando revolta às pessoas que por ali residem.

Cultura – Odir Nunes entende que, o parque levou melhorias para o bairro proporcionando lazer, entretenimento, qualidade vida, valorização dos imóveis do entorno. Mas ele lamentou que muitas pessoas ainda não possuem cultura de sociabilidade para a utilização comunitária da mesma. “Não podemos deixar que se utilize o patrimônio público de forma errada”, ponderou o vereador ao referendar as reivindicações da associação de moradores. Após reuniões com o comando da PM, passou a ocorrer policiamento no local. Mas, serão solicitadas rondas ostensivas mais constantes no período noturno e as quartas, quintas, sextas-feiras e finais de semana. As reclamações não param por ai. Os moradores denunciam que, pelo menos, três ruas foram bloqueadas por uma empresa das proximidades causando transtornos de acessibilidade.

Providências – Sandra Correia informou que, já foi instaurando um processo de reintegração de posse das áreas onde a empresa avançou. Iniciativa elogiada por Tannus que entende ser “um bom começo, com a reintegração a empresa terá de recuar das áreas ocupadas”, afirmou. Mas como se não bastasse, também o barulho produzido pela empresa nas madrugadas incomoda muito a comunidade. “A situação é absurda, temos de conviver com o barulho noturno há mais de três anos e a direção da empresa, que já se comprometeu com a solução, não resolve”, afirmou uma moradora. Maria Raquel de Mattos relatou que será enviada uma equipe de fiscais da Fumdema para averiguar este problema e que se identificando o som além do limite permitido a empresa será notificada.

Fundação Cultural – Com relação ao sambaqui, ela irá sugerir à Fundação Cultural, responsável pelo setor, para que providências sejam tomadas, e envidados os devidos cuidados de manutenção. Ainda assim, o presidente da câmara irá solicitar uma audiência com o presidente da Fundação, Silvestre Ferreira – que não pôde participar da reunião de hoje – para a próxima semana quando tratará especificamente sobre o problema.

Foto de Sabrina Seibel

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