Mauro Artur Schlieck

A reunião desta terça (3) da Comissão de Urbanismo teve a presença do Movimento Pedala Joinville, que reivindicou a instalação de bicicletários no centro da cidade.

Jony Kellner, conselheiro da entidade, afirmou que a implantação de ciclovias e ciclofaixas é uma condição necessária mas não suficiente para possibilitar os deslocamentos por bicicleta. “Precisamos de estacionamentos públicos para bicicletas, no Centro não vemos”, disse.

Para Jony, há o incentivo para que as pessoas vão ao centro de carro, já que o estacionamento rotativo é gratuito por duas horas, mas não há incentivo para os ciclistas.

Ele lembrou que a lei inicial do estacionamento rotativo, que posteriormente foi revogada, previa que 70% da arrecadação das taxas de estacionamento deveria ir para um fundo municipal de mobilidade sustentável, que poderia ser usado para a implantação de ciclovias, ciclofaixas e, inclusive, bicicletários.

“Na época estivemos em contato com o Detrans, e havia a ideia de que a cada 48 vagas de estacionamento para carro, o espaço de uma vaga seria usado para a instalação de um bicicletário com capacidade para 12 bicicletas. Como no fim o estacionamento rotativo ficou gratuito, essa verba para a mobilidade não ficou garantida”, explicou.

Segundo o integrante do Pedala Joinville, o Executivo atualmente alega que não há recursos previstos para a instalação de locais para bicicletas.

A Secretaria de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável (Sepud) e o Detrans foram convidados para reunião, mas não enviaram representantes. Em ofício, o Executivo informou que a ideia de instalação de bicicletários no centro ainda é embrionária, sem previsão de data para ocorrer.

Não há consenso sobre Visconde de Mauá

Esteve em pauta ainda na reunião o Projeto de Lei Complementar 32/2019, que pretende que um trecho da Rua Visconde de Mauá deixe de ser faixa viária.

A proposta, do vereador Ninfo König (PSB), já foi aprovada na Comissão de Legislação, e agora será analisada em Urbanismo, com a relatoria do vereador Jaime Evaristo (PSC).

Na reunião da semana passada da comissão, alguns moradores da rua pediram maior discussão sobre a proposta. Eles argumentaram que não foram informados sobre a audiência pública que debateu da proposta.

Na tarde desta terça-feira, um munícipe contrário à proposta de Ninfo entregou o que disse ser um estudo sobre o projeto de lei, e um abaixo assinado com assinaturas de moradores contrários à proposta.

Outro munícipe, em contrapartida, pediu a palavra para defender o projeto.

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