A Comissão de Participação Popular e Cidadania recebeu hoje integrantes da Comissão Municipal da Verdade (CMV) para discutir a possibilidade de reabertura de seus trabalhos. Os vereadores decidiram enviar ofício ao Executivo para saber se ele vai dar continuidade ou não à CMV.
Estiveram na reunião integrantes da CVM que representam o Centro de Direitos Humanos Maria da Graça Brás (CDH), a Câmara de Vereadores de Joinville, o Departamento de Jornalismo do Ielusc, o Departamento de História da Univille, o Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos (IDDH).
Para o representante do CDH, Maikon Jean Duarte, o relatório final da CMV não foi realista. “Ele concluiu que não houve violação de direitos humanos em Joinville, mas isso não corresponde ao o que foi ouvido nos depoimentos”, afirmou. Segundo ele, a OAB, o CDH, o Departamento de Jornalismo do Ielusc e IDDH não assinaram relatório final.
A representante do Departamento de História da Univille, professora Iara Andrade Costa defende que a CMV precisa de mais tempo. “A Comissão Nacional da Verdade trabalhou dois a três anos, nós trabalhamos três meses. Não pudemos investigar tudo nesse tempo. Imaginávamos entrevistar 36 pessoas, entrevistamos só 7”, disse.
A coordenadora do IDDH, Camila Koch, afirmou que o tema não se esgotou. “Em outras esferas há comissões permanentes, como na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em que há comissão sobre mortos e desaparecidos políticos. Como claramente o relatório aqui não foi completo, acreditamos que é realmente necessário que a comissão seja reaberta”, afirmou.
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Foto de Sabrina Seibel
