Demonstrando muita habilidade, estudo e conhecimento no trato de temas polêmicos, como corrupção, impunidade e educação o promotor de Justiça, Afonso Ghizzo Neto, chamou a atenção dos vereadores a ponto de silenciar a plateia enquanto discursava a convite do vice-presidente, vereador Osmari Fritz, na abertura da sessão ordinária desta terça-feira. Ele apontou a “cultura patrimonialista” do povo brasileiro como uma das explicações para o aumento da corrupção no país.
Para o promotor, as pessoas colocam seus interesses individuais na frente dos interesses coletivos e que a população não sabe viver em sociedade, pois cada um pensa apenas em si e não no bem coletivo. “Falta o espírito de cidadania e educação”, disse o promotor, que, recentemente, lançou o livro Corrupção – Estado Democrático de Direito, pela Editora Lumen Juris.
Ghizzo Neto teceu duras críticas aos que se envolvem em atos ilícitos e defendeu que a melhor solução para os problemas de corrupção no Brasil é a mobilização social. O membro do Ministério Público disse, ainda, que os primeiros passos para resolver esse problema são acabar com a impunidade e investir na educação.