Na tarde de hoje, foi aprovado o relatório final da CPI da Saúde. Com três votos a favor e um contrário, o texto recebeu aprovação após discussão entre os vereadores Maycon Cesar (PSDB) e João Carlos Gonçalves (PMDB) sobre a presidência da comissão.
Maycon Cesar, secretário da CPI, apresentou um memorando solicitando o afastamento do vereador João Carlos Gonçalves da presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito. Segundo Maycon, o fato do vereador ser da base aliada do governo o impediria de conduzir a CPI. “Ele sempre defendeu o prefeito Udo, isso não é segredo para ninguém. Como poderia comandar uma CPI que tem por objetivo justamente averiguar os problemas da gestão relacionados a saúde?”, questionou.
Relator da CPI, o vereador Jaime Evaristo (PSC) questionou o encaminhamento do memorando no último dia de discussões da CPI.
O vereador João Carlos Gonçalves afirmou que nunca escondeu o fato de ser do mesmo partido que o prefeito e que foi um dos que assinaram o requerimento solicitando a criação da CPI. “Eu não sou oposição, mesmo assim quis essa CPI. Isso porque o partido não influencia nas minhas decisões”, justifica o vereador.
Segundo os advogados da Casa, o documento não apontaria falta de isenção de João Carlos Gonçalves. O memorando de Maycon foi votado e recusado pelos próprios vereadores participantes da CPI.
Após a discussão, outro memorando foi apresentado por Maycon César, o qual pedia esclarecimentos sobre questões do relatório final. No documento, Maycon solicitava informações sobre a campanha publicitária que será realizada para que o público conheça o funcionamento do sistema municipal de saúde, sobre a criação de novos cargos e sobre a presença de farmacêuticos nas unidades de saúde. Este memorando também recebeu parecer contrário da CPI.
O relatório final da CPI da Saúde recebeu três votos a favor, os dos vereadores Jaime Evaristo (PSC), Roberto Bisoni (PSDB) e João Carlos Gonçalves. O único voto contrário foi do vereador Maycon Cesar. O vereador Manoel Bento (PT) não esteve presente na reunião por conta do falecimento da sogra. Agora, o relatório será encaminhado à Mesa Diretora da Casa para posterior apresentação no Plenário. O texto também será encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina.
Texto: Carolina Manske / Edição: Sidney Azevedo / Foto: Sabrina Seibel