As condições insalubres, os problemas de infraestrutura e a superlotação do Presídio Regional de Joinville, localizado na zona sul da cidade, foram temas abordados na reunião realizada na manhã desta quinta-feira (19), na sala vip da Câmara de Vereadores de Joinville. O encontro resultou na elaboração de uma agenda positiva, que deve iniciar na próxima semana com uma reunião em Florianópolis com a secretária de Estado da Justiça, Ada de Luca, com o secretário de Saúde do Estado, Dalmo de Oliveira e a Secretária de Saúde de Joinville, Antônia Gregol.

O juiz corregedor da 3ª Vara de Execução Criminal de Joinville, João Marcos Buch, elencou três prioridades para minimizar o caos no presídio. A primeira é a construção de um ambulatório médico no local para melhorar o atendimento aos reclusos e diminuir a saída dos mesmos para atendimento externo. Para Richard Harrison, diretor da Penitenciária, a construção do ambulatório é fundamental, como também a manutenção do serviço odontológico. “Em 2011 realizamos 2.200 consultas odontológicas”, destaca Richard.

A segunda medida é a construção de uma Casa de Egresso, para uma adequada reintegração social da pessoa que cumpriu pena de reclusão. A última questão é o aumento do número de vagas, atualmente são 1150 detentos, desses, mil são homens e 150 mulheres. Para Cynthia Maria Pinto da Luz, presidente da Comissão de Direitos Humanos OAB Joinville, outra situação que preocupa é o tratamento de saúde dispensado às mulheres. “Elas são tratadas como homens. Não existe acompanhamento nem exames preventivos”, adverte Cynthia.

O presidente do Legislativo, vereador Odir Nunes, lamentou a omissão da secretaria de desenvolvimento do Estado. O vereador Alodir Cristo salientou a importância de se desenvolver um projeto consistente. Já a vereadora Tânia Eberhardt reforçou a necessidade de se mudar a legislação para que o máximo de recursos permaneça nos municípios. Tânia também sugeriu uma união de esforços para que uma comitiva joinvilense vá a capital exigir novos investimentos na cidade. O vereador Adilson Mariano pediu autonomia para o conselho carcerário da cidade desenvolver o projeto, unificando as demandas. Será agendada outra reunião para delimitar as prioridades elencadas na ata. Estiveram presentes deputados, vereadores, advogados, o diretor do Presídio e entidades de classe.

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