O binário a ser colocado em atividade no bairro Petrópolis, próximo a Escola Municipal Dr. Abdon Batista foi o principal assunto das discussões na reunião da Comissão de Urbanismo da Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ), realizada na tarde de hoje no plenarinho da casa. O binário, que liga as ruas Caruarás e Petrópolis, como passagens de acessos para a Zona Sul e para o centro, causou polêmica na comunidade. A intenção era que a obra aumentasse a segurança dos estudantes e melhorasse o fluxo de veículos em frente à escola, porém os comerciantes reclamam que o binário prejudicou seus estabelecimentos.
Para os comerciantes existem outras alternativas e melhores para aumentar a segurança dos estudantes, sem que o comércio seja prejudicado. O presidente da Associação de Moradores do Monsenhor Scarzello, José Vânio Garcia afirmou que a associação sequer foi consultada, e defende que outras medidas sejam adotadas. Marcelo Adriano Zogda, diretor de trânsito da Conurb, contrariou o líder comunitário afirmando que o projeto do binário foi amplamente divulgado e que era um pedido da associação de pais e professores da escola.
Zogda teve importante reforço na sua argumentação. E partiu do arquiteto urbanístico da Fundação Ippuj, João Henrique Klein, que disse que aos presentes que entidade sempre realiza estudos antes de fazer a obra, e que está aberta ao dialogo com a comunidade para melhorar o que for necessário.
Para alguns moradores o binário foi sim a melhor solução. É o caso da aposentada Sandra Maria de Jesus que acredita que não vai ser um binário que vai impedir os clientes de frequentarem as lojas.
O vereador Jucélio Girardi pediu aos representantes do executivo que tragam os projetos até a Comissão de Urbanismo antes que as obras sejam executadas, para evitar divergências na comunidade.
O presidente da comissão, o vereador Lauro Kalfels afirma que cabe ao executivo promover o diálogo com a comunidade a fim de acertar os detalhes da obra para que atenda os anseios do máximo de pessoas, possível. Já o vereador João Rinaldi tentou amenizar ao dizer que o executivo realiza as reuniões, mas muitas vezes elas não são suficientes.
O vereador Osmari Fritz sugeriu que Conurb e Fundação Ippuj marquem uma reunião com os representantes do bairro para fazer ajustes na obra, pois deve-se buscar uma saída que agrade a todos e não prejudique ninguém.