A reunião da Comissão de Urbanismo da Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ), desta quarta-feira, voltou a debater sobre a polêmica envolvendo o Projeto de Lei Complementar nº 69/2011 que dispõe sobre o novo Ordenamento Territorial Urbano e Rural de Joinville (LOT). A presidente da Fundação IPPUJ, Roberta Schiessl ocupou boa parte do encontro para tentar convencer os vereadores a votar e aprovar o texto da nova lei que, de acordo com a técnica, não deverá sofrer modificações independentemente da decisão da Justiça sobre o desfecho em relação a ação pública que levou o Poder Legislativo a suspender a votação no seu âmbito.
Ela explicou que, “a Procuradoria do município esperou a notificação do juiz, pois o prazo do processo ainda não começou a contar para ninguém. Até a próxima semana, a Procuradoria entrará com recurso”, informou Roberta. Ela tentou sensibilizar os presentes lembrando que, foram realizadas 77 reuniões onde foram gastas 169 horas para debater o texto da nova LOT. “É preciso deixar claro aqui que o juiz não restringiu em nenhum momento o debate desta lei na Câmara”, reforçou Roberta.
Sulamita Kaiser, da Rede de Imóveis de Joinville apelou para que a lei seja votada, usou como exemplo de mudança necessária a área próxima ao Hospital Infantil. “Na rua Macaé próxima à instituição não é permitido nenhum ponto comercial. Pais e crianças que esperam atendimento não contam com lanchonete ou farmácia por perto”, disse.
Para o vereador José Cardozo, a LOT pode demorar a ser votada, assim como foi entre 2006 e 2008 pra aprovar o Plano Diretor. “Eu questiono o individualismo de algumas pessoas, não querem que nenhum prédio seja construído na rua deles”.
O vereador Manoel Bento explicou que os conselheiros da cidade não são aventureiros, mas sim pessoas que conhecem muito bem Joinville. “A gente não pode desperdiçar um projeto de lei construído por tantas pessoas”, argumentou o vereador.
Já o presidente da Comissão de Urbanismo, vereador Lauro Kalfels, afirmou que a lei precisa ser votada, rejeitada ou mesmo retirada da pauta. “O que não podemos fazer é deixar como está, um pequeno grupo prefere que a cidade cresça desordenadamente”, finalizou Kalfels. Participaram da reunião os vereadores Mauricio Peixer, Tania Eberhardt, Osmary Fritz, Alodir Alves de Cristo, Zilnety Nunes, João Rinaldi, James Schroeder e Roberto Bisoni.