Na sexta-feira (29), à noite, a Comissão de Proteção Civil fez uma reunião pública sobre a segurança na região sul da cidade. De acordo com relatos da população dos bairros Parque Guarani e João Costa, a insegurança é tanta que moradores chegaram a criar um grupo no aplicativo WhatsApp para se comunicar sobre possíveis casos de violência. A reunião pública aconteceu no CEI Zilda Arns e contou com representantes das Policias Civil, Militar, Guarda Municipal, Conseg, entre outras entidades.

Segundo a criadora do grupo, Aline Cristina Batista, ele já conta com 89 moradores e tem dado resultado. “No início de abril houve um caso de tentativa de assalto na Rua das Pitangas em que a moradora mandou uma mensagem para o grupo pedindo socorro. Os moradores nas casas em volta começaram a fazer barulho e gritar ‘pega ladrão’, além de ligarem para a Polícia Militar. O bandido fugiu e em pouco tempo cinco viaturas haviam chegado ao local”, conta.

De acordo com Aline, o objetivo do grupo é que os moradores se unam para diminuir a sensação de insegurança. “Eu criei o grupo, fomos chamando mais gente, e quanto mais gente vigiando a vizinhança, melhor”.

Ainda segundo Aline, graças ao grupo do WhatsApp alguns suspeitos foram identificados, mas grande parte são menores de idade. De acordo com a Polícia Civil, nesses casos, além de possível internação provisória, a família do menor é chamada para se fazer um estudo psicossocial. A legislação atual determina que menores infratores podem ficar até 45 dias em internação provisória.

Segundo o presidente da Comissão de Proteção Civil, Fabio Dalonso (PSD), encontros como esse aproximam a comunidade das autoridades. “A reunião foi muito produtiva. (Debatemos) desde faixa de pedestre, que também é segurança, até melhorias nas rondas da polícia militar”, disse Dalonso ao Canal Legislativo.

Os vereadores Claudio Aragão (PMDB) e Levi Rioschi (PSC) também participaram.

Insegurança

De acordo com a auxiliar de direção do CEI Zilda Arns, Mara Brum, a insegurança é grande. “Jovens estão invadindo casas, fazendo assaltos a mão armada. Cerca de 15 rapazes chegaram a entrar na escola à noite para fazer uso de drogas”. Ainda segundo ela, viaturas da Polícia Militar têm feito rondas na região após pedidos dos moradores.

A moradora do João Costa e representante do Conselho Escolar da E.M. Professor João Bernardino Da Silveira Junior, Rosangela Ponchirolli, afirmou que os menores infratores passam de bicicleta assaltando os alunos. “Eles mandam tirar tudo de valor que está na mochila, como celular e tablet. Há assaltos também às pessoas que descem do ônibus. Eu não saio mais a noite e não levo celular, está muito perigoso”, afirmou.

Texto: Jornalismo CVJ, por Marina Bosio/ Edição: Carlos Henrique Braga.

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