O consultor jurídico da Câmara de Vereadores de Joinville Maurício Eduardo Rosskamp, assassinado em 20 de dezembro de 2018, foi homenageado nesta segunda-feira (4). Familiares, amigos e colegas do advogado lotaram o plenário da CVJ. A homenagem foi marcada por discursos de pessoas próximas a Rosskamp. “O corpo do Maurício foi enterrado, mas a alma ficará aqui conosco”, disse o pai de Maurício, o ex-vereador e ex-deputado Raulino Rosskamp.
Servidor aposentado da CVJ, Luiz Claudio Gubert falou em nome dos colegas de trabalho. “Ternura era o nome dele. Paciência, calma, generosidade, alegria, gentileza e respeito sempre foram sua marca e seu modo de ser e de viver. Em mais de 23 anos de dedicação ao serviço público, conquistou respeito, confiança e bem querer de todos”, disse.
O juiz Roberto Lepper, amigo de Maurício desde a infância, afirmou que Rosskamp sempre tinha preocupação com o próximo e que ele fará muita falta a Joinville. Já a presidente da subseção Joinville da OAB, Maria de Lourdes Zimath, disse que Maurício era um homem “bondoso”, e citou Guimarães Rosa, que afirmou que “os homens bons não morrem, ficam encantados”.
Para o juiz João Marcos Buch, quem tinha contato com Rosskamp imediatamente sentia que ele confraternizava e compartilhava da sua existência.
O vereador Maurício Peixer (PR) afirmou que Joinville deve muito a Maurício Rosskamp, já que ele sempre fez os pareceres jurídicos com muita responsabilidade, ajudando, segundo o vereador, a barrar coisas que seriam prejudiciais para a cidade.
Um projeto de Resolução que dá o nome de Maurício à sala da Divisão Jurídica já chegou ao plenário e deve ser votado em breve.
O caso
Maurício Rosskamp foi assassinado no dia 20 de dezembro de 2018. A investigação da Polícia Civil apontou que ele foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). Duas pessoas foram presas e a Justiça expediu mandados de prisão a outros dois suspeitos.
Maurício tinha 52 anos de idade. Ele era servidor da Câmara de Vereadores de Joinville desde 1995, ocupando o cargo de consultor jurídico da Comissão de Legislação, Justiça e Redação. Ele chegou a ser diretor jurídico da CVJ de 1998 a 2006.