Embora tenham votado oito projetos hoje, os vereadores de Joinville não conseguiram deliberar o mais importante da sessão, o que permite o repasse de R$ 102 mil aos Bombeiros Voluntários de Joinville. Em função das manifestações dos servidores grevistas, a sessão foi suspensa por duas vezes até o encerramento definitivo dos trabalhos, às 19h.
De acordo com o presidente Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville, Moacir Thomazi, o valor do repasse corresponde a 25% do orçamento mensal da entidade. “Vivemos de doações e convênios. Não visamos ao lucro. Tudo o que recebemos devolvemos em forma de serviços para a comunidade”, explicou.
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Quando o projeto for aprovado na Câmara e, depois, sancionado pelo prefeito Udo Döhler, os recursos serão utilizados na manutenção das viaturas e ambulâncias, na compra de insumos, alimentos e de uniformes para os socorristas, além de outros gastos administrativos.
A corporação presta de 120 mil a 130 mil horas de trabalho voluntário ao ano, não só para Joinville, mas, em casos excepcionais, para cidades da região. Hoje, por exemplo, os socorristas estão prestando atendimento emergencial às pessoas atingidas pela enchente do final de semana em Jaraguá do Sul e Guaramirim.
Ainda na sessão de hoje, os vereadores conseguiram votar oito projetos de leis ordinárias, que estavam em pauta. Outros 17 projetos, porém, não puderam entrar em votação devido ao caos instalado pelos grevistas.
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Confira abaixo um trecho do tumulto causado por servidores grevistas, durante a sessão desta terça-feira.
“As manifestações dos grevistas vêm atrasando a votação de projetos essenciais para a cidade de Joinville. Quem perde com isso é a população. Exemplo é este projeto de manutenção dos Bombeiros Voluntários”, explica o presidente da Câmara de Vereadores de Joinville, João Carlos Gonçalves.