O diretor-presidente da Cia Águas de Joinville, Jalmei José Duarte, falou a vereadores na sessão desta terça-feira (12), principalmente sobre o combate à perda de água na cidade, de 41,7%, no mês de janeiro deste ano. Sobre a falta de água, o executivo disse que usuários serão avisados pelo celular das interrupções, como faz a Celesc, e prometeu uma bomba de alta potência como medida paliativa para a Zona Sul, até a construção da Estação de Tratamento de Água do Piraí Sul.

Apesar de alto, o percentual de perda de água caiu em relação a 2015 (46,6%), se considerado o total de água produzida pelo sistema que não foi faturada. 

“[A perda de água] é um problema do setor de saneamento, não só de Joinville”, disse Duarte. A cidade canadense de Montreal perde 40% da água, segundo o executivo. No Brasil, o índice é de 37%.

A meta é reduzir a perda para 36%, na medição por faturamento, em 2020, e para 483 litros por ligação/dia (em agosto foram 583 litros por ligação/dia). Para tanto, só neste ano, a companhia de capital misto, cujo acionista majoritário é a Prefeitura, planeja investir R$ 16 milhões em controle da pressão, modernização de hidrômetros, controle de vazamentos, entre outras ações. O orçamento total para água, esgoto e manutenção da companhia é de R$ 70 milhões (75% já executados).

O tempo médio de conserto de vazamentos visíveis caiu de 31 horas, em 2015, para 8 horas.

Falta de água

Sobre a falta de água na cidade, Duarte falou que o problema é mais comum nos dias de maior consumo, como nos sábados quentes, e em regiões mais altas. Ele não disse em quantos dias houve interrupção, como foi questionado pelo vereador que sugeriu a presença dele na sessão, Rodrigo Coelho (PSB) – segundo o vereador, foram 37 dias sem água neste ano.

Para os problemas de abastecimento na Zona Sul, a companhia tomará uma medida paliativa (uma bomba de alta potência), enquanto não é construída a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Piraí Sul, perto da montadora GM. A previsão é de cinco anos, e o projeto executivo deve ser entregue em um ano.

“Essa [a estação] é a solução final do problema de água na região Sul”, falou Duarte.

A nova licitação do call center da companhia foi lançada e prevê o serviço de aviso por SMS a usuários sobre a falta de água, assim como faz a Celesc.

Rodovia do Arroz

Está descartada por “inviabilidade econômica” e pela necessidade de duplicação asfáltica a ligação de água na região da Rodovia do Arroz, segundo Duarte. A saída para moradores da área deverá ser a colocação de hidrômetros em caminhões-pipa. A medida está sendo discutida com a nova reguladora de água e esgoto, a Aris, e deve ser adotada por decreto municipal, ainda sem previsão.

Texto: Jornalismo CVJ, por Carlos Henrique Braga.

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