O Plenário virtual repercutiu nesta segunda-feira (18) a entrega dos kits de alimentação escolar para famílias de baixa renda. A entrega começou na semana passada, no dia 12. A suspensão das aulas começou em 19 de março.

Cada kit é composto por itens produzidos pela agricultura familiar de Joinville. Porém, a falta de itens não perecíveis nos kits, como feijão e arroz, resultaram em reclamações que chegaram até os parlamentares.

Conforme os vereadores Richard Harrison e Roque Mattei (ambos do MDB) a Secretaria de Educação já está reavaliando a formação dos kits, principalmente quanto ao fracionamento de itens de hortifruti.

A vereadora Iracema do Retalho (PSDB) foi a primeira a abordar o tema na sessão. Conforme o relato da vereadora, alguns dos beneficiários esperavam encontrar cestas básicas. A parlamentar pediu a Secretaria de Educação revisse os kits para que os beneficiários pudessem ser contemplados também com alimentos não perecíveis.

Ao pontuar a questão, o vereador James Schroeder (PDT) também apelou para que os kits, além de ter esses alimentos não perecíveis, pudessem ter até um pouco de carne. “Frutas e verduras são um complemento bacana, importante, mas não são o suficiente”, afirmou.

O vereador, que é engenheiro agrônomo, realçou a importância da agricultura familiar durante seu pronunciamento, e a importância desses alimentos para uma melhor alimentação das crianças.

Schroeder observou ainda a demora para a distribuição, iniciada quase dois meses depois da suspensão das aulas. Ele lembrou que, ainda enquanto os vereadores estavam se reunindo presencialmente, usou a palavra livre para chamar atenção à necessidade dessas doações porque há alunos cuja única refeição decente ocorre durante as aulas.

Os vereadores Odir Nunes (PSDB) e Maurício Peixer (PL) também criticaram a ausência de não perecíveis.

O vereador Roque Mattei (MDB) explicou que parte do estoque de alimentos da secretaria já havia sido distribuído em um primeiro momento da quarentena. Para explicar o fracionamento, Mattei explicou que uma decisão do Conselho Municipal de Alimentação Escolar determinou a distribuição dos alimentos por peso e não por unidades. Outra observação é de que os kits foram planejados para consumo rápido.

O parlamentar, que já foi secretário de Educação, também anunciou que já houve uma conversa para revisitar a formação dos kits, observação que foi corroborada pelo líder do governo, Richard Harrison (MDB).

Números

Conforme nota da Secretaria de Comunicação, a Prefeitura recebeu mais de 22,7 mil cadastros para o recebimento dos kits. A Secretaria de Educação averiguou os cadastros para que apenas os alunos da rede municipal pudessem receber os kits. Além desse grupo cadastrado, os mais de 7,4 mil beneficiários do Programa Bolsa Família também recebem o kit.

Mais debates sobre famílias de baixa renda

Se você se interessou por esse tema, a CVJ vai realizar mais uma reunião específica para tratar do auxílio às famílias de baixa renda na cidade. A Comissão de Cidadania se reúne virtualmente às 14h da quarta-feira (20) com representantes da Secretaria de Assistência Social e da Secretaria de Meio Ambiente (Sama).

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