A decisão do prefeito Udo Döhler (MDB) de não reajustar a taxa de esgoto, anunciada nesta quarta-feira (20), repercutiu entre vereadores durante a sessão. Eles demonstraram preocupação, no entanto, com o baixo índice de cobertura por rede coletora na cidade.
Líder do governo na Câmara, o vereador Richard Harrison (MDB) agradeceu o prefeito por ter ouvido sua “base de sustentação” e a população, que é contrária ao reajuste.
Roque Mattei (MDB) elogiou a “sensibilidade” de Udo de manter a taxa de 80% do consumo de água diante do “momento econômico difícil”.
Os dois vereadores, no entanto, falaram sobre a necessidade de aumentar a rede de esgoto da cidade, hoje em cerca de 34%.
“Cai sobre nós a responsabilidade desse que é um gigantesco problema”, afirmou Harrison. Segundo ele, as futuras gerações cobrarão a limpeza da Baía da Babitonga.
Natanael Jordão (PSDB) parabenizou o chefe do Poder Executivo pela “coragem” e os vereadores, “por terem brigado” para que não houvesse reajuste.
“Nós fomos ao prefeito, justificamos que a época pela qual estamos passando não condiz com mais aumentos”, contou Ana Rita Negrini Hermes (PROS). “Por outro lado, temos que lembrar que 67% das residências não são atendidas”, acrescentou a vereadora.
Maurício Peixer (PR) disse que foi o único a se manifestar publicamente contra o aumento da tarifa e agradeceu o prefeito por ter desistido do reajuste.
Em audiência pública na Câmara, em janeiro, o público criticou a alta e pediu que ela não acontecesse. Um grupo formado no Facebook fez campanha contra o reajuste, justificado pela Cia. Águas de Joinville e pela reguladora do serviço como uma forma de aumentar investimento na rede.
Licitações
A dificuldade do Executivo com o serviço licitado de tapa-buracos voltou a repercutir na sessão. Vereadores relataram dificuldades com empresas que baixam preços para ganhar a concorrência, mas não conseguem cumprir o contrato com qualidade.
Capelas
A visita de hoje da Comissão de Urbanismo às capelas mortuárias de cemitérios também foi assunto na tribuna. Tânia Larson (Solidariedade), que propôs a visita, disse que pediu providências em relação à estrutura.
A Borba Gato, reformada há dois anos, já está com infiltrações no teto. Na Nossa Senhora de Fátima, no Itaum, é necessária instalação de ar-condicionado.
O presidente de Urbanismo, Jaime Evaristo (PSC), também cobrou instalação de ar-condicionado em todas as capelas mortuárias da cidade. Iracema Bento (PSB) falou da dificuldade de estar nas capelas sem ar-condicionado e disse que muita gente fica do lado de fora por não aguentar o calor.