Andressa do Rosário, 19 anos. Seu interesse pela Língua Brasileira de Sinais (Libras) começou no ensino médio, e, agora, ela é intérprete. Como ela, outras mais de 400 pessoas passaram pelo curso gratuito da Escola do Legislativo da Câmara, que recomeça hoje. Joinville tem mais de 20 mil pessoas com deficiência auditiva. Em Santa Catarina, são 178 mil. Andressa contou sua história para o Jornalismo da CVJ.

Eu soube do curso de Libras na Câmara de Vereadores e vi a oportunidade de aprender de verdade a língua e de mais uma vez poder me relacionar com a Libras. Dessa forma, passei a me relacionar com a comunidade surda mais ativamente, pois, nas aulas da Câmara sempre tinha surdos, e eu aprendi muito com eles e com a professora Rute.

Eu fui treinada para ser uma intérprete e logo tomei gosto. Normalmente, as pessoas demoram entre seis meses a dois anos para aprender a Libras, mas eu aprendi em apenas quatro meses, pois com os estágios no instituto de surdos e a presença dos surdos nas aulas, o aprendizado foi mais rápido.

Hoje, faço faculdade de administração e trabalho como assistente de compras em uma empresa, onde também auxilio a comunicação entre surdos e a empresa. Eu atuo com intérprete voluntária para duas meninas surdas que trabalham lá, interpretando as palestras da empresa, treinamentos, reuniões. Estou há quase 2 anos nessa atividade. Neste ano, também fui contratada pelo Colégio Elias Moreira para ser intérprete de Libras de um menino surdo do curso técnico em contabilidade.

Eu amo trabalhar com surdos e não deixo essa profissão por nada. A Câmara de Vereadores me deu a oportunidade de aprender Libras e fazer de um curso uma profissão. Amo o que faço e agradeço a Deus, à professora Rute e à Câmara de Vereadores por terem me dado essa oportunidade que mudou minha vida”.

Depoimento concedido a Pâmela Ritzmann, estagiária, sob supervisão/ Edição: Carlos Henrique Braga/ Foto: Daniel Tonet.

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