O Conselho de Ética da Câmara vai analisar uma representação contra o suplente de vereador Maycon Cesar (PSDB), que se licenciou para tratar da saúde, em 23 de agosto, um dia depois de assumir a vaga de suplente de Odir Nunes, do mesmo partido. Ainda não há data para reunião do conselho.

A representação é assinada pelo presidente da Câmara, Fernando Krelling (MDB), e foi lida no Plenário nesta terça (4). No documento, Krelling diz que Maycon Cesar, ciente de sua enfermidade, saberia não ter condições de tomar de posse, podendo passar a vaga para o próximo suplente, sem onerar a CVJ. O documento ressalta que não se está questionando a veracidade do atestado médico apresentado por Cesar.

Suplente do PSDB que assumiu a vaga após a licença de Maycon Cesar, Tarcísio Tomazoni (PSDB) manifestou na tribuna apoio à representação. No dia em que Tomazoni tomou posse, Krelling anunciou que não autorizaria pagamento da licença de Maycon Cesar. Segundo o Suporte Legislativo, a CVJ paga apenas os primeiros 15 dias da licença, que é de 45 dias.

Está na pauta de votação das comissões de amanhã (5) um projeto de resolução, coassinado por 16 vereadores, que pretende coibir o “rodízio de vereadores”, evitando custos para a Câmara. A reportagem entrou em contato com Maycon Cesar, na semana passada, por telefone, mas não obteve retorno.

Composição

Criado pela Resolução 6/2006, o Conselho de Ética é composto por cinco membros titulares e três suplentes, e pode se reunir no caso de denúncias de quebra de decoro parlamentar. Neste ano, ele tem como membros Fábio Dalonso (PSD, presidente), Ninfo König (PSB), Pelé (PR), Natanael Jordão (PSDB) e Richard Harrison (PMDB). 



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