O desejo de Ana Rita era o de que em vez de flores as pessoas mandassem para o seu velório um pacote de ração. Tradutora juramentada por profissão, Ana Rita sempre gostou muito de animais e começou a lutar oficialmente por eles em 2009, quando fundou uma das ONGs mais respeitadas de Joinville, a Frente de Ação pelos Direitos Animais (Frada).

À frente da Frada, ela contribuiu com a criação Centro de Bem-Estar Animal e a distribuição de fichas de castração de animais de rua. Mudou também a forma de tratar os animais, passando a usar o termo “tutor” em vez de “dono”, colocando a palavra inclusive na Lei Complementar 360/2011, que instituiu o Programa de Proteção Animal de Joinville. Segundo a ex-vereadora, “os animais não são objetos para serem referenciados como tal e sim seres sencientes, que merecem respeito”.

Ana Rita descobriu um câncer em 2016, ano em que foi eleita vereadora pelo PROS. Apesar do doloroso tratamento que enfrentou todos esses anos, foi muito participativa, tanto no seu trabalho na CVJ, de 2016 a 2020, quanto em sua luta pelos animais. Conseguiu aprovar leis importantes, como a proibição da tração animal no perímetro urbano do município e a inclusão dos direitos animais no ano letivo para o ensino fundamental.

Como vereadora, minha missão é garantir que os direitos dos animais e os direitos dos humanos sejam respeitados, sem que um se sobreponha ao outro. Eu tento, por meio dos meus projetos e dos meus discursos na Câmara de Vereadores, incentivar uma sociedade mais justa para todos, ecologicamente equilibrada e que respeite todas as formas de vida”, afirmava a ex-vereadora.