Foto de Mauro Arthur Schlieck

O prefeito Udo Döhler (MDB) fez um balanço de 2018 na Câmara nesta quarta (27). A apresentação, na presidência da CVJ, foi acompanhada por vereadores, diretores da Casa, secretários municipais, jornalistas e assessores, para os quais o prefeito destacou investimentos em saúde e em educação. Mais especificamente nesses campos, Udo mencionou avanços na informatização do sistema de agendamento de consultas e exames e de controle de medicamentos, e a recuperação de estruturas físicas de escolas e CEIs.

O prefeito elencou como prioridade para 2019 o investimento em infraestrutura. “Vamos gastar fortemente”, disse, enquanto lembrava alguns dos empréstimos realizados recentemente pelo município, como o de US$ 40 milhões com o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) para a construção da ponte que deve ligar os bairros Adhemar Garcia e Boa Vista, e o de US$ 70 milhões, com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para a macrodrenagem da bacia do rio Itaum-Açu. Ambos os empréstimos contaram com anuência da CVJ.

Outro empréstimo, esse realizado com o Banco do Brasil, é de R$ 61 milhões, destinado à recuperação de vias do município. Em abril, a Prefeitura deve buscar outro recurso, com a Caixa Econômica Federal, na casa de R$ 100 milhões, para continuar o trabalho de requalificação de vias. Ainda sobre vias, Udo disse que ainda é preciso melhorar a logística na Zona Industrial Norte e mencionou a duplicação da rua Edgar Nelson Meister como foco.

Decreto de emergência

Uma pequena tela touchscreen de celular, às 16h31, registrou a assinatura do prefeito Udo Döhler do decreto que declara estado de emergência em Joinville em razão das chuvas intensas em março deste ano. Com a medida, cerca de 60 mil pessoas que tiveram prejuízos poderão requisitar dinheiro do FGTS, estimou Döhler. O decreto passou a valer após o prefeito apresentar o seu relatório de gestão sobre o ano de 2018 à CVJ.

Nova matriz econômica

Essa recuperação de estruturas de educação é parte de uma “fase inicial”, e que o município deve começar a preparar as escolas para uma “nova matriz econômica” de Joinville, disse Udo. Nas escolas, o aprendizado de robótica deve se tornar central e, conforme o prefeito mencionou em entrevista ao Jornalismo da CVJ, já há preparação de licitações para a construção de laboratórios de robótica em escolas municipais.

Udo detalhou essa ideia, explicando que em 20 anos o setor metalmecânico, hoje mais direcionado a atender o mercado automobilístico, deverá perder sua preponderância para o de tecnologia de informação, e que, como reflexo disso, é preciso estimular o uso de outros modais de transporte para além do carro. “Não há como dobrar a largura das ruas”, explicou.

Para o prefeito, um setor que deve ser um dos carros-chefe da cidade até 2045 é o de desenvolvimento de próteses e nanotecnologias ligadas à saúde. “Isso está no DNA da cidade”, disse.



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