Na noite da segunda-feira (13) a Comissão de Proteção Civil e Segurança Pública realizou na Sociedade Guarany, no distrito de Pirabeiraba, a nona audiência pública da série de reuniões que tem sido realizada nos bairros para debater questões de segurança.

Entre as reivindicações dos presentes estiveram o aumento do policiamento e a instalação de câmeras de monitoramento. Os temas predominantes na reunião foram a preocupação com a vinda de banhistas que vão para os rios da região durante a temporada de verão e a com os focos de tráfico de droga em localidade da estrada Quiriri.

Acompanharam a audiência os vereadores Richard Harrison e Fernando Krelling (PMDB), Odir Nunes e Natanael Jordão (PSDB) e James Schroeder (PDT).

O subprefeito do distrito, Sidney Sabel, defendeu um aumento do efetivo na região durante o período. Segundo ele, a quantidade de banhistas na região fica entre 7 mil e 10 mil pessoas em fins de semana nos vários pontos disponíveis para banho em rios da região. Combinados, os bairros Pirabeiraba Centro, Rio Bonito e Dona Francisca têm 12,1 mil habitantes.

Conforme Sabel, o aumento do fluxo acarreta desde problemas ambientais como lixo espalhado pelas nascentes e eventuais conflitos como brigas. “Não somos contra a vinda de turistas”, afirmou dizendo que Pirabeiraba “não quer bagunça”. Em virtude dessas questões, Sabel pediu a elaboração de um “plano emergencial” para fazer frente às dificuldades.

Outra preocupação expressa por Sabel é quanto à possibilidade de que uma companhia da Polícia Rodoviária Estadual não seja instalada em Pirabeiraba em virtude de problemas com relação ao local de instalação, nas proximidades do loteamento Rio Lindo.

Delegada regional da Polícia Civil, Tânia Harada disse que está em estudo uma revitalização da delegacia de Pirabeiraba. Na avaliação dela, a sensação de insegurança “nesse distrito aparentemente tão pacato” se deve principalmente a crimes patrimoniais, como furto e roubo. Ela disse que tem sido orientação da PC o trabalho sobre ações de furto e roubo.

Em Joinville, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, até setembro houve 7,6 mil casos registrados de furto sendo que, desses, mil casos foram de furto de veículos. E outros 1,7 mil casos de roubo (quando há algum tipo de ameaça) foram registrados, sendo 588 desses casos roubo de veículos.

O pastor luterano Cristiano Ritzmann, morador da região do Rio Bonito, observou que segurança pública não pode ser vista a partir de questões pontuais, como o aumento do policiamento, mas de uma perspectiva maior que considere o ambiente como um todo. Nesse sentido, defendeu a pavimentação e a iluminação de ruas, em especial aquelas que tenham escolas, como medida de segurança pública.

Morador da região, Orlando Larsen pediu a instalação de uma camêra de monitoramento na chamada Ponte Coberta, na zona rural, na estrada Quiriri. Nas proximidades do local, afirma ele, há um assentamento irregular, que Larsen classificou como uma “Rocinha de Joinville” em alusão à favela homônima no Rio de Janeiro. Orlando pontuou que há uma parcela de jovens da região que está tendendo ao consumo e comércio de drogas.

Larsen defendeu até o controle do turismo na área, com número menor de áreas permitidas para banho. No entendimento dele, o grande movimento acaba atraindo até carros que tocam música alta, o que poderia impedir o sono de moradores. Harada disse que casos como esse precisam ser comunicados à Polícia Civil para que sejam incluídos nas estatísticas e contemplados pelas ações de inteligência.

Texto: Jornalismo CVJ, por Sidney Azevedo / Foto: Sabrina Seibel

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