Cassiano Ucker entende a saúde de forma mais ampla, no sentido do bem-estar das pessoas, um equilíbrio entre fatores sociais. Ele lembrou que a pandemia da Covid-19 mudou bastante a realidade das pessoas, afetando não apenas a saúde física, mas questões da saúde mental, limitando as opções de lazer e até prejudicando a motricidade das pessoas. “Os prejuízos para a saúde da população foram muitos”, apontou o vereador.

Para ele, a participação dos vereadores para promover a saúde é importante em vários sentidos, facilitando o acesso da população a medicamentos e otimizando os serviços de saúde do município. “Há um hiato entre o que é gasto com a saúde e o que é oferecido à população, e o vereador pode atuar na fiscalização dos serviços, para que a saúde seja promovida gastando-se até menos do que atualmente”.

Acesso facilitado a receitas

Entre os projetos de lei que tem em mente está a flexibilização das normativas que exigem receita médica necessariamente do SUS para o acesso a medicamentos nos postos de saúde do município. Na visão do vereador, isso dificulta a agilidade do serviço público de saúde, já que uma grande parte dos atendimentos médicos é basicamente para “fornecer receitas de medicamentos”.

Segundo Ucker, cerca de 30% da população de Joinville têm acesso a plano de saúde, por conta das empresas em que trabalham, o que não quer dizer que essa fatia da população tenha condições financeiras para comprar os medicamentos de que faz uso. Então recorre ao SUS com o objetivo de conseguir remédios, mas esbarra na exigência de receita própria do SUS.

Nesse ponto ele faz um parênteses: mesmo quando o paciente tem condições financeiras de adquirir o medicamento, de qualquer forma é um direito dele ter à disposição os remédios pela rede pública, opina o vereador. “Isso deve ser garantido”, afirma. Para o vereador, uma integração entre os sistemas público e privado de saúde nesse sentido seria benéfica.

Sobre a vacinação contra a Covid-19, Cassiano Ucker diz que, como médico, é um defensor das vacinas. Ele afirma, entretanto, que é necessário esperar a aprovação da Anvisa para ser avaliada qual a melhor opção no município. Ele lembrou que o Executivo Municipal ainda não sinalizou nada sobre o assunto, e observou que a única vacina que gera maiores dificuldades é a da Pfizer, já que ela exige um esquema de refrigeração da qual o município não dispõe. Sobre as demais vacinas que estão em análise pela Anvisa, o vereador disse acreditar que, de modo geral, o município de Joinville já tem uma certa estrutura para realizar a vacinação quando ela for iniciada, com salas de vacinação em toda a rede pública de saúde e refrigeradores com temperatura controlada.

Texto
Marina Bosio
Foto
Mauro Arthur Schlieck
Edição
Felipe Faria


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