A sessão ordinária desta quarta-feira (18) teve Tribuna Livre com a Associação Inovação da Serenidade Coletiva dos Haitianos de Joinville e o Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville e Região (Sinsej).
Representante dos haitianos, Neptune Duval queixou-se que os salários pagos no Brasil são insuficientes para pagar aluguel e comida. Ganhando pouco, os imigrantes não conseguem trazer suas famílias, distantes há anos. Além disso, o visto é caro e precisa ser feito em Brasília, já que não há esse serviço na cidade.
O presidente da Câmara, Maurício Peixer (PL), solidarizou-se com os haitianos que estão no Brasil e os que estão naquele país, que enfrentou mais uma vez catástrofes naturais severas nos últimos dias — terremoto e tempestades — com a perda de quase duas mil vidas.
Na tribuna, a presidente do Sinsej, Jane Becker, criticou a possível transferência da gestão do Hospital Municipal São José para uma organização social. Segundo Jane, representantes do Hospital Oswaldo Cruz, de São Paulo, estiveram na cidade para avaliar se o negócio é lucrativo. Jane disse defender o serviço público e citou exemplos de hospitais geridos por organizações que, segundo ela, desempenham um mau serviço.
Mais tarde, como líder do governo na Câmara, Érico Vinícius (Novo) disse que Jane deu apenas exemplos ruins e que há bons exemplos de gestão de organizações sociais.
Projetos aprovados
Em regime de urgência, foram aprovados o Projeto de Lei Ordinária nº 164/2021, que abre crédito adicional suplementar de R$ 7,1 milhões no orçamento do Hospital São José, Projeto de Lei Ordinária nº 174/2021, que abre crédito de R$ 3,5 milhões no Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA), e Projeto de Lei Ordinária nº 166/2021, com abertura de crédito de R$ 2,5 milhões no orçamento da Câmara de Joinville.
Horário dos Partidos
No horário destinado aos partidos, vereadores lamentaram a situação dos haitianos e se solidarizaram com eles, além de abordar outros assuntos.
Lucas Souza (PDT) falou de como é importante ter o diagnóstico precoce do autismo. Ele tem um projeto com esse objetivo. Mais tarde, como líder do partido, queixou-se de ter sido barrado na Prefeitura, em reunião com a deputada estadual Paulinha (sem partido), sob alegação de que estaria atrasando a tramitação da reforma da previdência municipal na CVJ.
Maurício Peixer falou sobre os haitianos. Disse que é “preciso estender as nossas mãos” da forma que for possível, e que eles vieram procurar condições melhores de vida e de trabalho.
Nado (PROS) agradeceu ao partido pelo apoio para conseguir a vaga na Câmara e falou sobre a importância da gratidão.
Kiko do Restaurante (PSD) falou que na rua Albano Schimdt foi retirado o asfalto e deixado pedregulho, que acabou em acidente, destruindo um ponto de ônibus.
Tânia Larson (PSL) afirmou que começamos bem a volta às aulas, falando de conscientização sobre o bem-estar animal. Ela participará de comissão da Prefeitura sobre a causa animal. Disse que desafio é diminuir o número de animais domésticos em vias públicas.
Ana Lucia Martins (PT) solidarizou-se com a comunidade haitiana, parabenizou a associação de haitianos e disse que nossos salários não são como deveriam ser. Disse ainda que, como mãe, imagina o quão doloroso é estar longe dos filhos.
Sales (PTB) solidarizou-se com os haitianos e parabenizou a associação joinvilense. Depois disse que nesta quinta-feira (19) é o dia nacional de luta da população em situação de rua.
Cassiano Ucker (Cidadania) falou de visita à Rede Feminina de Combate ao Câncer, que já deu apoio a sua mãe, e que está voltando às atividades presenciais.
Sidney Sabel (Democratas) falou sobre mudanças no trânsito na Santos Dumont e Tenente Antônio João, que só dificultaram, segundo ele, ainda mais o trânsito e a vida das pessoas.
Henrique Deckmann (MDB) disse que na semana passada houve uma reunião sobre energias renováveis na Câmara, com a deputada Paulinha, e o tema é um desafio para o Brasil.
Alisson (Novo) prestou solidariedade ao povo haitiano e disse que esteve na abertura do “EficientesCidades”, evento da Univille que vai até sexta (20).
Neto Petters (Novo) falou sobre os centros de educação infantil conveniados à Prefeitura. Disse que toda a documentação já foi liberada para a Prefeitura fazer contratos com valores reajustados.
Wilian Tonezi (Patriota) disse que vai cobrar esclarecimentos da Secretaria Municipal de Educação sobre um roteiro de estudos da disciplina de história do 9º ano. Segundo o vereador, o roteiro é “pura manipulação” e que dois professores não marxistas estão insatisfeitos.