A pedido do vereador Pastor Ascendino Batista (PSD), a Comissão de Urbanismo tratou nesta terça-feira (21) do descarte de resíduos de obras públicas no terreno baldio ao lado da Escola Municipal Nagib Zattar, no bairro Jardim Paraíso. O barro retirado de ruas é o principal material depositado pela Prefeitura na atividade chamada de “bota-espera” (quando há intenção de reutilizá-lo) ou “bota-fora”. O vereador Wilian Tonezi (Patriota) disse que situações como essa são “generalizadas” e acontecem também no Costa e Silva e na Zona Sul, por exemplos.
Segundo Ascendino Batista, o barro está no local há pelo menos um ano e meio. A poeira e o barulho do trânsito de máquinas causam transtornos à comunidade escolar, alega o vereador. Moradores fizeram até um abaixo-assinado contra a prática da Prefeitura.
Diretor-executivo da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), o engenheiro civil Marcelo Soares dos Santos explicou aos vereadores que os resíduos depositados ao lado do colégio, na rua Antônio Michels, começaram a ser retirados na semana passada. Ele afirmou, ainda, que sabe da “confusão” que a retirada está causando, como a poeira, e se comprometeu a deixar as ruas limpas ao final do dia.
O engenheiro da Seinfra disse, ainda, que na atividade de “bota-espera” os resíduos não podem ficar parados e que há vários terrenos como o do Jardim Paraíso que servem de depósito para materiais de obras para manutenção.
Santos também afirmou que há opções aos terrenos de “bota-espera” nos bairros. Uma delas é credenciar empresas que coletam resíduos de obras — o edital está aberto para interessados.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente (Sama), há 15 terrenos licenciados para “bota-espera” para o Seinfra. Não há prazo legal para a retirada dos resíduos.
Reforma administrativa
O projeto de reforma administrativa da Prefeitura (PLO 114/2022) estava na pauta, com parecer favorável de Neto Petters (Novo), mas um pedido de vistas de Sidney Sabel (União Brasil) adiou a votação por pelo menos 24h.