A Comissão de Saúde fez uma diligência no Hospital Infantil Jeser Amarante Faria na noite desta segunda-feira (21). Denúncias de espera de até sete horas para atendimentos motivaram a fiscalização dos parlamentares. Conforme a direção do hospital, a instituição chegou a realizar, em período de pico, nove mil atendimentos por mês, quase 40% acima do número normal.
Os vereadores conversaram com pessoas que aguardavam atendimento e, conforme o presidente da comissão, Wilian Tonezi (Patriota), a média de tempo de espera para os casos classificados como não urgentes, que são em torno de 60% dos atendimentos, era de cinco horas.
Conforme a diretora-administrativa, Quesia de Araújo, a instituição, que é referência estadual em pediatria, é contratada para 6.500 atendimentos/mês. Segundo a direção, a tendência é que durante o inverno, ou mais precisamente no período entre maio e julho, seja o período de maior busca por atendimentos pediátricos na instituição.
A direção do hospital informou que durante a pandemia de covid-19, com o fechamento do atendimento pediátrico nos pronto-atendimentos e unidades básicas de saúde, pacientes do hospital chegaram a esperar 12 horas.
Encaminhamentos
Wilian Tonezi destacou que irá conversar com a Secretaria Municipal de Saúde para entender qual é o cenário de atendimentos pediátricos dentro do município — se houve queda de atendimentos e maior concentração no Hospital Infantil, ou se o aumento de atendimentos é generalizado. Uma possibilidade adiantada por Tonezi é pleitear com o governo estadual a ampliação dos atendimentos do hospital. Tonezi assegurou que o tema será pautado para o próximo encontro do colegiado, na segunda-feira (28).
Nas avaliações de Cassiano Ucker (Cidadania) e Pastor Ascendino Batista (PSD), a solução é contratar pediatras. Para Ucker, o hospital está sobrecarregado por ser o único ponto contínuo de atendimento pediátrico. “A solução para o problema passa, necessariamente, pela contratação de pediatras para toda a rede de saúde, primária, secundária e terciária”, complementa.
Ascendino Batista disse que vai cobrar a realização de concurso público no município. Para o vereador, é necessário ampliar o número desses profissionais em unidades básicas e pronto-atendimentos.
Além dos vereadores de Saúde, Wilian Tonezi, Cassiano Ucker e Brandel Junior (Pode), a diligência no Hospital Infantil também contou com a presença do vereador Henrique Deckmann (MDB). Tonezi e Ascendino foram os autores do requerimento para a diligência.